Com o adiamento, o prazo para envio de vídeos com manifestações orais por parte de interessados foi estendido até as 18h desta quinta-feira (18). Segundo a Anvisa, todos os vídeos enviados conforme a pauta publicada serão transmitidos durante a reunião. A agência ressaltou o compromisso com a transparência e segurança da informação, lamentando eventuais transtornos causados.
Desde 2009, a Anvisa proíbe a fabricação, comercialização, importação e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar, popularmente conhecidos como vape. No ano passado, a diretoria colegiada aprovou por unanimidade um relatório técnico indicando a necessidade de manter a proibição desses dispositivos e adotar medidas adicionais para combater o comércio irregular, como ações de fiscalização e campanhas educativas.
Os cigarros eletrônicos, conhecidos como vape, e outros dispositivos eletrônicos para fumar têm passado por diversas transformações desde sua criação em 2003. Apesar da proibição no Brasil, esses produtos estão disponíveis em diversos estabelecimentos comerciais, e seu consumo tem aumentado, principalmente entre os jovens.
A Associação Médica Brasileira (AMB) alerta para os riscos à saúde associados ao uso de cigarros eletrônicos. Apesar de sua promessa inicial de serem menos prejudiciais que os cigarros tradicionais, esses dispositivos contêm nicotina e outras substâncias que podem causar dependência e danos à saúde pulmonar e cardiovascular.
Um surto de doença pulmonar em usuários de cigarros eletrônicos foi registrado entre 2019 e 2020 nos Estados Unidos, com milhares de casos e dezenas de mortes confirmadas. No Brasil, o Senado Federal discute o Projeto de Lei que permitiria a produção, importação, exportação e consumo de cigarros eletrônicos no país. Além disso, pesquisas mostram que uma parcela significativa de jovens no Brasil já experimentou cigarro eletrônico, destacando a importância do debate sobre o tema.
O Brasil é reconhecido internacionalmente por suas políticas de controle do tabaco, implementando medidas para reduzir o consumo e proteger a população de doenças relacionadas ao tabagismo. A regulamentação dos cigarros eletrônicos é vital para preservar a saúde pública e prevenir danos causados por esses dispositivos.