Governo federal propõe reajuste de 9% para servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais em greve

O governo federal apresentou, nesta sexta-feira (19), uma proposta de reestruturação da carreira dos servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais, em meio a uma greve que atinge boa parte do país. De acordo com a proposta divulgada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), os servidores terão um reajuste de 9% a partir de janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026.

A proposta foi apresentada durante a quarta reunião da Mesa Específica e Temporária que debate a reestruturação da carreira, realizada na sede do MGI em Brasília. Além disso, o governo já havia formalizado para 2024 uma proposta de reajuste no auxílio-alimentação, no auxílio-saúde e no auxílio-creche para todos os servidores federais.

Segundo o ministério, considerando os aumentos nos benefícios e o reajuste de 9% concedido no ano anterior, os técnicos teriam um reajuste médio global de mais de 20% para a carreira. A proposta também inclui a verticalização das carreiras, diminuição do interstício da progressão por mérito e mudanças nos tempos decorridos até o topo das carreiras.

No entanto, os servidores técnico-administrativos da educação classificaram a proposta como “irrisória e decepcionante”. O Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) reivindica uma recomposição salarial de até 34,32%, além da reestruturação das carreiras e a revogação de normas prejudiciais à educação federal.

Segundo o Sinasefe, a tendência é que a greve continue, uma vez que a proposta do governo não atende às demandas dos servidores. A decisão final dos servidores será tomada após consultas locais e plenária nacional. A greve está em andamento e pode se estender até que haja um acordo satisfatório para ambas as partes.

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