Programa Nacional visa converter pastagens degradadas em áreas produtivas, promovendo o desenvolvimento sustentável no Brasil com potencial para reflorestamento e aumento da produção pecuária.

O Brasil enfrenta um grande desafio com a degradação de áreas de pastagens, que somam aproximadamente 28 milhões de hectares. Essas áreas, que equivalem ao tamanho do estado do Rio Grande do Sul, podem ser convertidas para diversos fins, como agricultura, reflorestamento, aumento da produção pecuária ou até mesmo para produção de energia.

O cerrado é o bioma mais afetado por essa degradação, e os estados com as maiores áreas de pastagens degradadas são Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Pará. Essas áreas poderiam ser utilizadas para o cultivo de grãos, o que resultaria em um aumento significativo da área plantada no país.

Diante desse cenário preocupante, o governo federal criou o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis. Para implementar o programa, a Embrapa publicou um livro com mais de 30 sugestões de políticas públicas, visando aproveitar a expertise e tecnologia do país nessa área.

No entanto, a efetivação do programa é um desafio, já que cada área a ser recuperada demanda um estudo local. Além disso, é necessário criar condições para o reaproveitamento dessas áreas, como crédito, capacitação dos produtores e assistência técnica.

Nesta sexta-feira, a Embrapa comemora 51 anos de funcionamento, e a empresa contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma cerimônia de celebração. O livro com sugestões de políticas públicas foi entregue à comitiva presidencial durante o evento.

No Brasil, as áreas de pastagem ocupam cerca de 160 milhões de hectares, sendo aproximadamente 50 milhões de hectares de pasto natural. O setor agropecuário emprega mais de 15 milhões de pessoas no país, com um terço desses empregos relacionados à pecuária bovina. O Brasil é o segundo maior produtor de carne bovina do mundo e o maior exportador, com 11 milhões de toneladas sendo exportadas anualmente.

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