Ataques à democracia: ‘Manual do ditador’ inclui ataques à imprensa, às eleições e ao Judiciário, alerta ministro Alexandre de Moraes.






Manual do ditador inclui ataques à imprensa e às eleições, diz Moraes

‘Manual do ditador’ inclui ataques à imprensa e às eleições, diz Moraes. Segundo o ministro, extremistas de todo o mundo seguem a mesma cartilha, visando descredibilizar e atingir os três pilares da democracia: a mídia, o processo eleitoral e a independência do Judiciário. “Foi o que foi feito no Brasil — um ataque frontal”, disse Moraes, citando as chamadas “milícias digitais”.

Para o magistrado, ataques ao Judiciário foram ‘amplificados’ no Brasil. Isso aconteceu, na visão de Moraes, porque existe a Justiça Eleitoral. “É o Poder Judiciário, por meio da Justiça Eleitoral, que organiza, realiza, administra e julga as eleições. Então, o inimigo do segundo e do terceiro pilares da democracia, para o populismo extremista, era o mesmo. E os canhões foram direcionados para isso”, afirmou.

Moraes ainda defendeu a regulamentação das redes sociais. Atualmente, tramita no Congresso um projeto de lei — conhecido como “PL das Fake News — sobre o tema. “Não podemos cair nesse discurso fácil de que regulamentar as redes sociais é ser contra a liberdade de expressão. Isso é um discurso mentiroso e pretende propagar e continuar propagando o discurso de ódio”, completou o ministro.

Falas vêm um dia após ataques de Silas Malafaia ao STF. No domingo (25), durante ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, o pastor fez críticas diretas a Moraes e também ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso. “Como o ministro [Moraes] tem lado? Ele não tem que combater nem a extrema direita, nem a extrema esquerda. Ele é guardião da Constituição”, defendeu Malafaia.

Esses três pilares [imprensa, eleições e Judiciário] resistiram no mundo todo, mas foram abalados. Nós não podemos nos enganar, não podemos baixar a guarda, não podemos da uma de Bambam contra Popó — que durou 36 segundos. Nós temos que ficar alertas e fortalecer a democracia, fortalecer as instituições.
Alexandre de Moraes, ministro do STF, em discurso


Na manhã desta terça-feira, o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez declarações fortes sobre o que ele chamou de “manual do ditador”. Segundo Moraes, este manual inclui ataques deliberados à imprensa, às eleições e à independência do Judiciário, citando a atuação de extremistas ao redor do mundo que seguem essa cartilha.

Em suas palavras, o magistrado destacou que no Brasil houve um ataque frontal nesses três pilares da democracia, sendo realizado principalmente por meio das chamadas “milícias digitais”. Ele ressaltou que a estratégia de descredibilização da imprensa, do processo eleitoral e do Judiciário tem sido adotada globalmente por movimentos extremistas.

Moraes também abordou a amplificação dos ataques ao Judiciário no Brasil, explicando que isso se intensificou devido à presença da Justiça Eleitoral. Ele enfatizou que é o Poder Judiciário, por meio da Justiça Eleitoral, que tem o papel de organizar, administrar e julgar as eleições, sendo alvo comum do populismo extremista.

O ministro ainda defendeu a regulamentação das redes sociais, acompanhando o projeto de lei conhecido como “PL das Fake News” que tramita no Congresso. Em sua visão, regulamentar as redes sociais não é ser contra a liberdade de expressão, mas sim uma medida necessária para combater a propagação de discursos de ódio.

As declarações de Moraes vêm em um momento de tensão, após os ataques proferidos pelo pastor Silas Malafaia ao STF durante um ato pró-Bolsonaro. Malafaia criticou diretamente Moraes e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, defendendo que o papel do ministro é ser guardião da Constituição, sem tomar lados.

Em seu discurso, Alexandre de Moraes alertou para a importância de fortalecer a democracia e suas instituições, destacando a resistência dos três pilares – imprensa, eleições e Judiciário – que foram abalados, mas precisam ser preservados. Ficou claro que o ministro está atento aos desafios enfrentados pela democracia brasileira e mundial, ressaltando a necessidade de vigilância e ação para garantir sua manutenção.

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