Novas medidas comerciais de Biden contra a China

O presidente Joe Biden anunciou nesta quarta-feira (17) a intenção de triplicar as tarifas sobre o aço e o alumínio chineses importados pelos Estados Unidos. A Casa Branca justificou a decisão, alegando uma concorrência injusta que penaliza os trabalhadores americanos.

Em um comício na Pensilvânia, estado-chave para as eleições presidenciais, Biden destacou que as siderúrgicas chinesas são subsidiadas pelo governo, o que distorce a competição. O presidente americano, aos 81 anos, busca a reeleição em novembro e mostrou-se comprometido em defender a indústria nacional.

O Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) foi encarregado por Biden de aumentar as tarifas atuais, que atualmente giram em torno de 7,5%. No entanto, o presidente negou estar buscando uma guerra comercial com a China, mas sim uma competição justa.

Essas medidas visam assegurar a segurança econômica e interna dos Estados Unidos, diante das práticas desleais da China nos setores dos estaleiros, transporte marítimo e logística. A investigação sobre essas práticas será conduzida pelo USTR, em resposta a denúncias de diversas organizações sindicais.

Esses anúncios da Casa Branca ocorrem em um contexto de crescente rivalidade com a China, apesar dos esforços de diálogo entre as duas potências. Em meio a essas tensões, Biden busca se posicionar como o defensor dos trabalhadores americanos e sindicatos, lutando contra a concorrência desleal no mercado global.

A indústria mundial, incluindo a União Europeia e países da América Latina, tem manifestado preocupação com as práticas comerciais chinesas que distorcem os mercados e ameaçam empregos locais. A decisão de Biden de aumentar as tarifas visa proteger a indústria nacional e garantir condições justas de competição.