Carro da Embaixada do Brasil na Bulgária é apreendido com 55 quilos de cocaína; Itamaraty confirma o ocorrido.

Um carro da Embaixada do Brasil em Sofia, capital da Bulgária, foi apreendido com 55 quilos de cocaína durante uma fiscalização aduaneira no posto de controle de Kapıkule, na fronteira com a Turquia. De acordo com reportagens da imprensa búlgara, os agentes da alfândega encontraram a droga em diferentes partes do veículo, totalizando 52 pacotes. O motorista e um passageiro, cujas identidades não foram reveladas, foram detidos sob acusação de tráfico de drogas.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE) confirmou a apreensão em uma nota oficial. Segundo o órgão, o carro foi furtado dentro das dependências da Embaixada por um funcionário búlgaro. Após o ocorrido, ele foi demitido. O MRE ressaltou que não há participação de qualquer integrante do Serviço Exterior Brasileiro no caso.

O diretor do departamento de combate ao tráfico de drogas da agência alfandegária da Bulgária, Stefan Bakalov, afirmou que o caso é complicado e envolve vários países. Ele também destacou que outros detalhes da investigação são mantidos em sigilo.

O caso tem sido alvo de desinformação nas redes sociais. Em alguns posts analisados, há montagens e informações falsas relacionando a apreensão do carro da embaixada com a figura do presidente Lula, por exemplo. O Comprova, coalizão de 41 veículos de comunicação que verifica conteúdos virais, investigou essas informações enganosas e confirmou que não há qualquer vínculo entre a apreensão do veículo e o presidente Lula.

Um dos vídeos analisados mostra trechos de uma declaração do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que não tem relação com o caso. Outro vídeo faz uma montagem com uma foto de Lula com uma pilha de dinheiro, o que também não tem qualquer fundamento. Além disso, há alegações falsas de que um diplomata brasileiro teria sido preso no episódio, o que foi negado pelo Ministério das Relações Exteriores.

O Comprova entrou em contato com os responsáveis pelos posts falsos, mas não obteve resposta até o momento. A investigação completa pode ser encontrada no site do Comprova e foi realizada por CBN, NSC, Folha, Estadão, Metrópoles e O Povo.

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