Eduardo Bolsonaro viajou para Buenos Aires para acompanhar de perto a votação realizada no último domingo, 22 de novembro. Durante sua estadia, ele participou de um almoço com a vice-candidata de Milei, a advogada Victoria Villarruel. O deputado é um entusiasta fervoroso da candidatura de Milei e compartilha os mesmos ideais políticos e econômicos.
Durante a entrevista, Eduardo argumentava sobre a importância da liberação de armas, uma pauta bastante valorizada pela direita brasileira e defendida pelo seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Porém, sua fala foi interrompida pelos jornalistas do programa. Um deles chegou a dizer: “Não é tão simples assim ter uma arma de fogo. Não se pode ter problemas com a polícia nem com a Justiça, é necessário ter uma idade mínima. No Brasil, é preciso até fazer um teste prático de disparo. Avançar na liberação de armas de fogo significa dar condições para os cidadãos terem legítima defesa, para que não sejam massacrados”.
Os jornalistas reagiram imediatamente à declaração de Eduardo. “Demasiadamente generosa a Argentina para recebê-lo, não é mesmo?”, disse um dos jornalistas. Uma colega complementou dizendo: “Ele está defendendo o uso de armas com a justificativa de que os cidadãos podem se defender”. Para encerrar o assunto, o primeiro jornalista acrescentou: “Por isso que seu pai foi retirado do poder pelos brasileiros, por sorte”.
Apesar do candidato apoiado por Eduardo Bolsonaro ter obtido resultados abaixo do esperado nesta primeira fase das eleições, o político brasileiro comemorou a passagem de Milei para o segundo turno, que ocorrerá em 19 de novembro. Em uma publicação no antigo Twitter, Eduardo afirmou que o economista liberal chega ao segundo turno como favorito. “Em três anos, um movimento espontâneo foi construído, um movimento que não paga manifestantes para irem às ruas. Coisa linda. Com certeza, Javier Milei entra neste segundo turno como favorito”, escreveu o deputado. Com 98,4% das urnas apuradas até as 1h35, Sérgio Massa estava na liderança com 36,6% dos votos válidos, enquanto Milei obteve 29,9%. Patricia Bullrich, do partido macrista, somou 23,8% dos eleitores e está fora da disputa.
