Um poderoso computador quântico nas mãos erradas poderia interromper comunicações seguras, invadir transações com cartão de crédito, manipular sistemas de tráfego aéreo e comprometer a segurança de infraestruturas críticas. Além disso, dados criptografados coletados agora e no futuro poderiam ser desbloqueados após o Dia Q, o que preocupa ex-funcionários de inteligência, que acreditam que China e outros rivais estão trabalhando para decifrá-los.
Embora ninguém saiba quando ou se a computação quântica alcançará esse ponto crítico, a ameaça é vista como real e os Estados Unidos estão correndo para desenvolver uma nova geração de sistemas de criptografia. A migração para uma criptografia mais forte levará uma década ou mais, um ritmo que alguns especialistas temem não ser rápido o suficiente para evitar uma catástrofe.
Pesquisadores sabem desde a década de 1990 que a computação quântica poderia ameaçar os sistemas de criptografia em uso hoje. O algoritmo de Peter Shor, publicado em 1994, mostrou como um computador quântico poderia dividir números grandes em fatores rapidamente, o que é ineficiente para computadores convencionais. A computação quântica tem progredido rapidamente nos últimos anos, o que aumentou a preocupação de que a China, a Rússia e os Estados Unidos estejam avançando com a ciência quântica em segredo.
Os Estados Unidos estão desenvolvendo uma nova geração de sistemas de criptografia que não poderiam ser quebrados nem mesmo por um poderoso computador quântico. No entanto, a implementação dessas novas normas levará tempo, estimando-se que levará de 10 a 15 anos. A migração também é um desafio, pois envolve desde gigantes da tecnologia até pequenos fornecedores de software. Além disso, existe criptografia em hardware, onde pode ser difícil ou impossível de modificar.
Em resumo, o Dia Q representa uma ameaça real e urgente à privacidade e segurança, pois um poderoso computador quântico poderia minar a criptografia atual e comprometer informações sensíveis. Os Estados Unidos estão correndo para desenvolver uma nova geração de sistemas de criptografia, mas a implementação levará tempo e pode não ser rápida o suficiente para evitar uma catástrofe. A China, a Rússia e os Estados Unidos estão competindo para desenvolver a tecnologia antes de seus rivais geopolíticos, mas é difícil determinar quem está na liderança devido ao sigilo em torno dos avanços.