Ex-presidente de Honduras é acusado de enviar toneladas de cocaína aos EUA
O ex-presidente Juan Orlando Hernández, que foi recentemente extraditado para os Estados Unidos, está no centro de um escândalo envolvendo o envio de 500 toneladas de cocaína ao país entre os anos de 2004 e 2022.
Com 55 anos de idade e tendo governado Honduras de 2014 a 2022, Hernández enfrenta acusações que podem resultar em uma sentença de prisão perpétua, similar à de seu irmão Tony Hernández, condenado em 2021.
Em seu depoimento anterior às alegações finais, o ex-presidente negou categoricamente ter recebido qualquer quantia de dinheiro do narcotráfico. Ele afirmou: “Nunca, senhor. Isso era totalmente proibido”.
Durante as duas semanas de julgamento, a promotoria apresentou testemunhas, incluindo traficantes hondurenhos como Devis Leonel Rivera, líder do cartel Los Cachiros, o ex-prefeito Alexander Ardón e Fabio Lobo, filho do ex-presidente Porfirio Lobo (2010-2014), todos detidos nos EUA.
Essas testemunhas alegaram ter subornado Hernández em troca de proteção para suas atividades ilegais e para evitar extradição. No entanto, o ex-presidente se defendeu, chamando os depoentes de “mentirosos profissionais”. Ele afirmou que todos teriam motivos para mentir, uma vez que poderiam obter redução de suas penas por cooperarem com as autoridades.
