Família envia pacote para Suu Kyi em prisão, enquanto ela responde a 15 alegações de crimes – Exército de Mianmar é acusado de repressão e violência




Artigo de Jornal

Junta militar permitiu que a família enviasse um pacote para ela —ao qual ela agradece na carta. O filho acredita que a líder tem ciência que suas comunicações serão lidas pelos militares que a mantêm presa, motivo pelo qual ela não dá mais detalhes da prisão ao filho.

Ela também relata uma “dor de dente” na carta, mas afirma que, no geral, está bem. Kim Aris, que vive em Londres, disse à Sky News que a família não sabe onde ela está presa, nem sob quais condições, mas que eles têm “razões para acreditar que ela está em um confinamento solitário”.

Suu Kyi responde a 15 alegações de crimes, mas família e organizações de direitos humanos sustentam que ela é uma presa política. Suu Kyi cumpre pena de 27 anos de prisão por acusações de corrupção, possessão de wakie-talkies ilegais e desrespeito de restrições relativas à covid-19.

Desde o golpe militar de 2021, cerca de 5 mil birmaneses morreram em virtude da repressão do regime e 24 mil foram presos em Mianmar. Após meses de manifestações contra a junta, a violência e a repressão também resultaram em mais de 1 milhão de deslocados, segundo a ONU. O Exército justifica a tomada de poder com uma suposta fraude eleitoral generalizada nas eleições de novembro de 2020.

*Com informações da RFI


A líder deposta de Mianmar, Aung San Suu Kyi, enviou uma carta para sua família, agradecendo por um pacote que foi enviado a ela pela junta militar. O filho de Suu Kyi acredita que ela tem consciência de que suas comunicações estão sendo monitoradas pelos militares que a mantêm detida, razão pela qual ela não fornece muitos detalhes sobre sua prisão.

Além de agradecer pelo pacote, Suu Kyi relatou na carta uma dor de dente, mas afirmou que, no geral, está bem. Seu filho, Kim Aris, que vive em Londres, disse à Sky News que a família não tem informações sobre o local exato onde ela está presa e sob quais condições, mas acredita que ela provavelmente está em confinamento solitário.

Aung San Suu Kyi enfrenta 15 acusações de crimes, incluindo corrupção, posse de walkie-talkies ilegais e desrespeito de restrições relacionadas à Covid-19. No entanto, sua família e organizações de direitos humanos argumentam que ela é uma presa política.

Desde o golpe militar de 2021, estima-se que cerca de 5 mil birmaneses tenham morrido devido à repressão do regime, com outros 24 mil sendo presos. Além disso, mais de 1 milhão de pessoas foram deslocadas como resultado da violência e repressão, conforme relatado pela ONU. O Exército justificou a tomada de poder alegando uma fraude eleitoral generalizada nas eleições de novembro de 2020.

As informações contidas na carta de Suu Kyi e a situação geral em Mianmar destacam a preocupação com os direitos humanos no país e a necessidade de a comunidade internacional continuar pressionando por mudanças democráticas e o respeito aos direitos fundamentais. A situação de Aung San Suu Kyi é apenas um exemplo dentre muitos casos de repressão e perseguição que estão ocorrendo em Mianmar desde o golpe militar.

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