Nikola Gruevski, ex-primeiro-ministro da Macedônia do Norte, surpreendeu as autoridades e a comunidade internacional ao escapar de cumprir uma pena de dois anos de prisão por corrupção, buscando asilo político em Budapeste, Hungria.
O ex-primeiro-ministro alegou ser vítima de perseguição política pelo governo social-democrata que assumiu após sua saída do cargo, em 2016. Uma figura conservadora e nacionalista, Gruevski conta com o apoio de Viktor Orbán, governante da Hungria há 14 anos, que enfrenta críticas por minar a democracia no país.
Em um momento controverso, Gruevski conseguiu escapar com a ajuda de um carro da embaixada húngara, atravessando a fronteira da Albânia para Montenegro. Enquanto a Hungria nega qualquer envolvimento, Orbán afirmou que o asilo político foi concedido dentro das leis húngaras, sem interferências políticas.
Paralelamente, a estada de Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria em Brasília chamou atenção, especialmente pela relação com Orbán. Ambos líderes compartilham ideologias e visões sobre o cenário político global, desafiando fundamentos democráticos.
Orbán, conhecido por confrontar organizações internacionais, busca construir uma ordem alternativa alinhada a líderes como Vladimir Putin. Oferecendo apoio político, como demonstrado por seu chanceler em conversa com representantes brasileiros.
Além disso, a relação de Orbán com figuras conservadoras, como Marine Le Pen, demonstra um padrão de apoio mútuo entre líderes alinhados ideologicamente, potencialmente influenciando cenários eleitorais e políticas internacionais.
Embora os motivos específicos da visita de Bolsonaro à embaixada ainda sejam incertos, a proximidade com Orbán e a história de suporte mútuo entre líderes de ideologias semelhantes sugerem possíveis alianças políticas em um contexto global cada vez mais complexo e polarizado.
