Imagens do circuito interno de aeroporto na Itália mostram empresário atingindo o filho do ministro Alexandre de Moraes

O inquérito da Polícia Federal que investiga a conduta de brasileiros acusados de hostilizar o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), em Roma, revelou imagens que indicam que o filho do magistrado foi agredido. De acordo com a reconstituição realizada no aeroporto internacional da capital italiana, a PF constatou que o empresário Roberto Mantovani atingiu o rosto de Alexandre Barci.

Segundo a análise policial, Mantovani e sua esposa, Andreia Munarão, discutiram e gritaram com o filho de Moraes. Durante a discussão, Mantovani se aproximou de Barci de maneira intimidadora, levantando o braço com as costas da mão direita voltadas para o rosto do jovem. O empresário acabou acertando os óculos de Barci com a mão direita, deslocando-os levemente.

Após o ocorrido, Barci levantou a mão com um celular para gravar a atitude do agressor, que recuou. O ministro Dias Toffoli, relator do inquérito, retirou o sigilo dos autos, mas manteve os vídeos em segredo e adiou o inquérito por mais 60 dias, a pedido da Polícia Federal.

Alexandre de Moraes acionou a PF após ter sido hostilizado na Itália junto com sua família, no dia 14 de julho. Além de Mantovani e Munarão, a polícia investiga o genro do empresário, Alex Zanata Bignotto, e seu filho, Giovanni Mantovani.

Durante a confusão, o ministro relatou ter sido insultado, chamado de “bandido, comunista e comprado”. A defesa dos acusados alega que não partiram deles as ofensas contra o magistrado.

A análise da PF aponta que Mantovani percebeu a presença de Moraes na sala VIP do aeroporto e chamou sua esposa para mostrar que o ministro estava próximo. Após a discussão, eles retornaram pelo mesmo corredor e observaram a sala onde a família de Moraes se encontrava.

Ao chegar ao Brasil, Mantovani minimizou o incidente, afirmando que houve apenas um desentendimento com os familiares do ministro. A família negou as acusações de hostilidade e alegou ter reagido a ofensas recebidas.

A defesa inicialmente afirmou que Mantovani afastou o filho do magistrado com o braço, mas posteriormente declarou que não está claro se foi um empurrão ou um tapa. A defesa considerou desnecessária a realização de mandados de busca e apreensão após a confusão. A polícia alegou estar investigando os crimes de injúria, perseguição e desacato contra o ministro do STF.

Agora cabe à Polícia Federal prosseguir com as investigações e apurar todas as circunstâncias do incidente ocorrido em Roma. O resultado do inquérito será fundamental para determinar possíveis medidas legais a serem tomadas em relação aos envolvidos.

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