Impasse no governo Lula com a destinação de emendas parlamentares para investimentos públicos em 2025 coloca em xeque o PAC.




Impasse no Governo Lula: Planejamento defende uso de emendas para investimentos públicos

Impasse no Governo Lula: Planejamento defende uso de emendas para investimentos públicos

Uma questão que está gerando debate dentro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva é a necessidade de destinar 0,6% do PIB do Orçamento de 2025 para investimentos públicos. O impasse surge em relação à proposta do Ministério do Planejamento e Orçamento de permitir o uso de até metade da reserva de emendas parlamentares para alcançar esse montante obrigatório, estimado em cerca de R$ 74 bilhões. Entretanto, o Palácio do Planalto demonstra resistência a essa ideia.

Para o Ministério do Planejamento, a possibilidade de contabilizar as emendas no piso dos investimentos seria uma forma de aliviar a gestão fiscal, principalmente devido ao aumento das despesas obrigatórias. Por outro lado, o Planalto critica a proposta, temendo que a destinação de recursos próprios para obras federais, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), seja prejudicada.

Enquanto o Planejamento e a Fazenda veem a proposta com bons olhos, o Planalto e a ala política argumentam que os gastos com emendas são dispersos e não estão alinhados com o propósito original da regra de destinar 0,6% do PIB para investimentos estruturantes. Auxiliares de Lula defendem que o piso seja utilizado exclusivamente para fortalecer o PAC e outras ações do Executivo, como ocorreu em 2024.

Diante desse impasse, a proposta de utilizar parte da reserva de emendas para cumprir o piso de investimentos está incluída na minuta do PLDO de 2025, que está em fase final de discussão no governo. A discussão envolve não apenas questões técnicas, mas também preocupações políticas, uma vez que qualquer decisão pode impactar significativamente o Orçamento para o próximo ano.

Resta aguardar os desdobramentos desse embate e como o governo Lula irá conciliar essa questão delicada entre a necessidade de investimentos públicos e o uso das emendas parlamentares.


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