Moretti, delegado da PF, demitido por supostas relações com ex-membros do governo anterior, diz Lula

Lula critica relação de Moretti com ex-integrantes do governo passado

Lula já havia dito em entrevista que não havia clima para Moretti continuar. Segundo ele, “está sendo provado” que Moretti mantinha relação com ex-integrantes do governo passado, a exemplo do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que foi chefe da Abin.

No Planalto, Moretti é tido abertamente como “bolsonarista”, mas Lula justificou sua manutenção por indicação do atual chefe da Abin, Luiz Fernando Corrêa. A demissão de Corrêa chegou a ser debatida na reunião, mas o presidente decidiu segurá-lo no cargo.

Esse companheiro [Corrêa] montou a equipe dele, dentro da equipe dele tem um cidadão [Moretti] que é o que está sendo acusado, que mantinha relação com o Ramagem, que é o ex-presidente da Abin no governo passado, inclusive relação que permaneceu já durante o trabalho dele na Abin. Olha, se isso for verdade, e isso está sendo provado, não há clima para esse cidadão continuar na polícia.
Lula, em entrevista hoje

Quem é Moretti

Delegado da PF, ele foi ex-braço direito de Anderson Torres. Moretti atuou como secretário-executivo da Segurança Pública do Distrito Federal entre 2019 e 2021, na primeira gestão de Torres.

Moretti foi diretor de Inteligência Policial (2022 a 2023) e de Tecnologia da Informação e Inovação (2021 a 2022) da PF na gestão Bolsonaro. Também foi diretor de Gestão e Integração de Informações da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), em 2020.

Lula fez críticas contundentes à permanência de Moretti no cargo, argumentando que a relação do delegado com ex-integrantes do governo passado comprometia sua atuação na polícia. Segundo o ex-presidente, as acusações contra Moretti estavam sendo provadas e, portanto, não havia clima para que ele continuasse na polícia.

No entanto, a manutenção de Moretti no cargo é justificada por sua indicação pelo atual chefe da Abin, Luiz Fernando Corrêa. A demissão de Corrêa chegou a ser debatida, mas o presidente decidiu mantê-lo no cargo. A relação de Moretti com ex-integrantes do governo passado é polêmica, e sua atuação como “bolsonarista” também é motivo de controvérsia.

Moretti tem um histórico de atuação na área da segurança pública, tendo sido secretário-executivo da Segurança Pública do Distrito Federal e ocupado cargos importantes na Polícia Federal durante a gestão Bolsonaro. Sua permanência no cargo é motivo de debate e controvérsia, especialmente após as críticas feitas por Lula em entrevista recente.

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