As autoridades francesas estão tratando o atentado ocorrido na sexta-feira (13) como terrorista, e a Procuradoria Nacional Antiterrorismo da França está investigando se o ato tem alguma ligação com organizações terroristas. Isso ocorre em meio a um aumento das tensões entre as comunidades judaica e muçulmana na França, devido à guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
Durante o início da Segunda Guerra Mundial, quando a Alemanha nazista invadiu a Áustria e parte da Tchecoslováquia, as autoridades francesas começaram a transferir obras de arte para castelos distantes dos alvos de bombardeios. Foi necessário esconder o acervo francês para protegê-lo.
Antes disso, os diretores do museu catalogaram as obras de arte mais importantes, tanto de coleções públicas quanto privadas, que seriam escondidas. Quando a Alemanha ocupou os Sudetas, muitas obras valiosas, como a “Mona Lisa” de Leonardo da Vinci, foram transferidas para o Château de Chambord e posteriormente distribuídas para outros locais.
Outras esculturas famosas, como a Vitória de Samotrácia e a Vênus de Milo, foram enviadas ao Château de Valençay. As antiguidades egípcias foram transportadas para o castelo de Courtalan. Todo esse processo de transporte das obras levou cerca de dois dias.
Quando a guerra finalmente foi declarada em 1939, o museu ficou com as obras mais pesadas, as que estavam em processo de restauração e as consideradas menos importantes, que foram deixadas no porão.
Após a invasão de Paris em 1940, o Louvre reabriu suas portas para o público, mas com uma coleção completamente diferente. A arte só começou a retornar ao museu em 1945, após a libertação da França.
A França já enfrentou episódios de terrorismo que afetaram o setor turístico. Em 2015, por exemplo, o Museu do Louvre ficou fechado ao público devido a uma série de ataques ocorridos em novembro, que resultaram na morte de mais de 120 pessoas e deixaram outras 180 feridas.
Esses incidentes recentes demonstram a necessidade contínua de vigilância e segurança em locais históricos e culturais importantes, como o Museu do Louvre, a fim de preservar não apenas o patrimônio cultural, mas também garantir a segurança de todos os visitantes.