A coluna confirmou a existência da carta em que Milei argumenta:
“Algumas decisões tomadas pela gestão anterior (do ex-presidente Alberto Fernández) serão revisadas. Entre elas, encontra-se a criação de uma unidade especializada para a participação ativa do país (Argentina) no Brics.”
O Planalto não se surpreendeu com a carta porque, em novembro, Diana Mondino, a ministra das Relações Exteriores da Argentina, já havia informado ao chanceler brasileiro, Mauro Vieira, que seu país não iria aderir ao bloco.
Na época, Modino já havia dito que o governo Milei não referendaria compromissos assumidos por seu antecessor, Alberto Fernández, citando inclusive o caso do BRICS.
Mas, da mesma forma como foi reiterado na carta agora enviada, Modino disse a Mauro Vieira que a Argentina de Milei pretende “intensificar os laços bilaterais com o Brasil”, sobretudo o “fluxo comercial”.
Como na carta, Modino também havia apontado o interesse de Milei em reunir-se com Lula para manifestar sua consideração” pelo presidente brasileiro.