Obesidade atinge 1 bilhão de pessoas e desafia políticas de saúde no mundo: impacto na prevenção de doenças crônicas.







Obesidade: o desafio global de saúde pública

Obesidade: o desafio global de saúde pública

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Mais de 1 bilhão de pessoas, uma em cada 8 no mundo, são obesas. O aumento de casos nos últimos 30 anos confronta a eficácia de políticas de enfrentamento de fatores de risco para doenças crônicas, como cardiovasculares.

Na edição de hoje, abordamos o crescimento da obesidade no mundo e seu impacto em políticas de saúde pública.

1 em 8 pessoas no mundo são obesas

O mundo passou da marca de 1 bilhão de pessoas com obesidade (879 milhões de adultos e 125 milhões de crianças e adolescentes). O dado alarmante foi apontado por um estudo coordenado pela Colaboração de Fator de Risco de Doenças Não Transmissíveis (NCD) do Reino Unido junto com a OMS (Organização Mundial da Saúde).

Antes de explicar as causas e os efeitos desse problema, considerado uma doença crônica pela OMS, é importante defini-lo, até porque há mais de uma categoria de obesidade.

Mais grave, a obesidade clínica é o acúmulo de tecido adiposo (gordura) que provoca sintomas de disfunção nos órgãos ou afeta a mobilidade. Um efeito dela é a inflamação crônica do organismo, que prejudica também o sistema imunológico. O paciente com essa condição possui um risco aumentado para o desenvolvimento de outras condições, como diabetes tipo 2.

Há também a chamada obesidade pré-clínica, quando há acumulação de gordura, mas sem lesão ou disfunção de órgãos.

No mundo…

A proporção de pessoas obesas cresceu 300%, de 1990 a 2022. A condição afeta hoje mais mulheres do que homens, especialmente nos mais jovens. De acordo com a Federação Mundial de Obesidade (WOF), até 2035 devemos ter 3,3 bilhões de pessoas com obesidade no mundo, representando um terço da população mundial, o que preocupa devido aos riscos associados a doenças como cardiovasculares, hipertensão, diabetes tipo 2 e câncer.

O relatório também aponta custos relacionados à obesidade de até U$ 4 trilhões, representando 3% do PIB mundial.

…e no Brasil?

Houve um aumento de casos nos últimos anos, com projeções alarmantes para o futuro. A prevalência de obesidade em jovens no Brasil deve aumentar significativamente na próxima década, especialmente em áreas de baixa renda, onde o acesso à alimentação saudável é limitado. Segundo o Atlas, a maioria das mortes relacionadas à obesidade ocorre em países de baixa renda, onde também há altas taxas de doenças crônicas não transmissíveis.

Apesar dos desafios, o Brasil é um país referência em publicações e diretrizes que promovem a alimentação saudável. O Guia Alimentar da População Brasileira e iniciativas do Ministério da Saúde visam reduzir a incidência de doenças e melhorar a qualidade de vida da população.

CIÊNCIA PARA VIVER MELHOR

Novidades e estudos sobre saúde e ciência

  • Desvendado mecanismo que aumenta resistência microbiana. Pesquisadores identificaram como algumas bactérias desenvolvem resistência a antibióticos, o que pode levar ao desenvolvimento de novos tratamentos. O estudo foi publicado na revista mBio.

  • Estudo liga tabagismo a mutações cancerígenas. Pesquisas identificaram alterações genéticas em fumantes com câncer de pulmão, evidenciando os danos causados pelo tabaco. O estudo foi publicado no American Journal of Human Genetics.


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