Operações policiais na casa da líder peruana em busca de provas levam a renúncias e reformulação do gabinete em um único dia.







Operações policiais na casa da presidente peruana geram polêmica

No fim de semana, a casa e o escritório da líder peruana foram alvo de operações realizadas pela polícia e promotores, em busca de provas relacionadas à origem de pelo menos três relógios Rolex. A presidente Boluarte tem negado qualquer irregularidade, afirmando que comprou os relógios com seu próprio dinheiro.

Os desdobramentos dessas ações levaram a uma série de renúncias no governo. O ministro do Interior, Victor Torres, anunciou sua decisão de deixar o cargo, seguido pelas ministras da Educação e da Mulher. Todos expressaram apoio à presidente, criticando a operação policial como “desnecessária” e “excessiva”.

“Estou saindo em paz e com as mãos limpas”, declarou Torres aos repórteres, atribuindo sua renúncia a “questões familiares e de saúde”. As outras duas ministras não divulgaram os motivos de suas saídas.

Na sequência, Boluarte anunciou mais três saídas em seu gabinete, incluindo os ministros da Produção, Comércio e Agricultura. Em um único dia, nomeou seis novos ministros, substituindo cerca de um terço do seu gabinete composto por 19 autoridades.

As demissões vêm em um momento delicado, enquanto o primeiro-ministro da presidente busca obter apoio do Congresso. Há receios de que o Legislativo, controlado pela oposição, possa negar respaldo ao premiê, levando a um cenário de instabilidade política no país.

Ex-vice-presidente, Boluarte assumiu a Presidência no final de 2022, tornando-se a sexta líder do país em seis anos. Sua ascensão ao poder ocorreu após a destituição e prisão do presidente anterior, Pedro Castillo, sob acusações de rebelião e conspiração.


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