Prisão de deputado suspeito no caso Marielle será analisada pela Câmara em sessão urgente nesta semana






Prisão de Deputado Federal Suspeito do Caso Marielle Franco

Prisão de Deputado Federal Suspeito do Caso Marielle Franco

A Câmara dos Deputados se prepara para analisar em plenário a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), detido preventivamente na manhã deste domingo, 24, sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018. O Supremo Tribunal Federal (STF) tem até 24 horas para notificar oficialmente a prisão à Câmara, e o prazo se encerra nesta segunda-feira, 25.

De acordo com procedimentos anteriores, como no caso do ex-deputado bolsonarista Daniel Silveira, a presidência da Casa envia uma notificação ao parlamentar informando que a detenção será discutida na próxima sessão do plenário. É esperado que seja apresentado um parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) diretamente no plenário, dada a urgência do caso. A defesa de Chiquinho Brazão terá três oportunidades para se manifestar durante a análise, com cada manifestação tendo duração de 15 minutos.

Para que a prisão seja confirmada, é necessário o apoio da maioria absoluta dos parlamentares da Casa, equivalente a 257 votos. A votação é aberta, e a decisão é promulgada na mesma sessão. Além disso, o deputado também corre o risco de ser expulso do União Brasil, com o presidente do partido, Antonio de Rueda, considerando esse movimento após a abertura de um processo disciplinar.

O deputado já havia solicitado autorização ao Tribunal Superior Eleitoral para se desfiliar do partido, o que será discutido pela Executiva Nacional da sigla em uma reunião marcada para terça-feira, 26. Caso a expulsão seja confirmada e Chiquinho Brazão perca o mandato, o suplente Ricardo Abrão assumirá a vaga na Câmara.

A prisão do deputado ocorreu durante a Operação Murder Inc, deflagrada pela Polícia Federal por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que assumiu o caso Marielle. Além de Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, foram presos preventivamente sob a suspeita de serem os mandantes do crime.

A federalização do caso se deu após a homologação da delação premiada de Ronnie Lessa, ex-policial militar apontado como o executor dos assassinatos, que implicou Chiquinho Brazão, detentor de foro privilegiado. Agora, cabe à Câmara dos Deputados analisar as próximas etapas desse processo que tem gerado grande repercussão no cenário político do Brasil.


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