Prisão de ex-chefe da Polícia Civil revela cumplicidade no caso Marielle Franco, afirma viúva da vereadora em entrevista coletiva.




Prisão do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro revela cumplicidade no caso Marielle Franco, diz viúva

A viúva da vereadora Marielle Franco (PSOL), Monica Benicio, fez declarações contundentes neste domingo, 24, em relação à prisão do delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Segundo Monica, a prisão de Barbosa revela que a instituição policial foi cúmplice do crime ao atrasar as investigações.

Em entrevista coletiva à imprensa, Monica afirmou: “Rivaldo, na época, tinha acabado de ser nomeado chefe de polícia. Nesse sentido, a Polícia Civil não foi apenas negligente, não apenas errou (com a investigação), mas foi cúmplice nesse processo”. Ela destacou a falta de vontade política e de empenho por parte da equipe responsável pelo caso.

Rivaldo Barbosa assumiu a chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro em 13 de março de 2018, um dia antes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ele foi indicado ao cargo pelo general Braga Netto, então interventor na Segurança Pública do Rio de Janeiro. Barbosa foi preso neste domingo, 24, pela Polícia Federal (PF) sob suspeita de proteger os mandantes dos assassinatos.

Monica Benicio expressou sua surpresa com o envolvimento do delegado, ressaltando que ele foi a primeira autoridade a receber a família após o crime e prometer dedicação para solucionar o caso. Ela classificou a conduta de Barbosa como um atentado à democracia.

A viúva de Marielle Franco destacou ainda que as interferências da Polícia Civil não foram por incompetência, mas sim por cumplicidade. Ela elogiou o trabalho da Polícia Federal, do Ministério Público do Rio de Janeiro, do Ministério Público Federal e da Procuradoria-Geral da República na investigação do caso.

Com a entrada da Polícia Federal nas investigações, após o governo Lula assumir o poder, Monica afirmou que renasceu a esperança de que o caso seria finalmente esclarecido. Ela ressaltou a importância de combater agentes corruptos e fortalecer a democracia, evitando que a milícia se torne um braço armado do estado.


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