A Polícia Federal concentra suas investigações em pilotos de aviões usados ​​na logística do garimpo ilegal em terras indígenas Yanomami.

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (17) a operação Buruburu, que tem como alvo pilotos e mecânicos de aeronaves envolvidos no garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. A ação visa desmantelar um esquema de logística e financiamento do garimpo em uma área de preservação.

A operação cumpre um total de 11 mandados de prisão preventiva, 18 de busca e apreensão, além de 19 mandados com medidas cautelares diversas da prisão. Todas as ordens foram expedidas pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima.

Além das prisões e buscas, a Justiça também autorizou o bloqueio de cerca de R$300 milhões pertencentes aos investigados, que têm residência em Goiás, Pará, São Paulo e Rio de Janeiro.

De acordo com a Polícia Federal, as investigações tiveram início no início deste ano, após um levantamento identificar várias aeronaves recorrentes em casos de tráfico de drogas e garimpo ilegal. Essas aeronaves pertenciam a um empresário que possui mais de 10 processos minerários registrados na Agência Nacional de Mineração.

A PF identificou quatro núcleos do esquema criminoso durante a investigação. O primeiro seria responsável pelo financiamento, o segundo pela lavagem de minério proveniente de áreas irregulares, e o terceiro e quarto são formados por pilotos e mecânicos, respectivamente, envolvidos no transporte do minério.

A investigação também revelou que as aeronaves utilizadas no garimpo ilegal também estavam envolvidas em outros crimes, como tráfico de drogas. Além disso, alguns dos investigados possuíam ligações com facções criminosas.

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