Fisioterapeuta investigado após vídeo em que dança com bebê escondido no jaleco durante trabalho.

A Polícia Civil de Santa Catarina está investigando o caso chocante de uma fisioterapeuta que foi registrada em vídeo dançando enquanto segurava um bebê dentro do bolso do seu jaleco. As imagens causaram indignação quando começaram a circular nas redes sociais e foram gravadas no Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, no litoral norte catarinense.

O hospital afirmou que tomará medidas legais contra a funcionária, que já foi afastada do trabalho. O bebê em questão está em bom estado de saúde e permanece internado apenas para ganhar peso, segundo comunicado oficial do hospital.

No vídeo, a fisioterapeuta aparece vestindo o uniforme do hospital e usando luvas enquanto canta e dança, segurando a cabeça do bebê que está dentro do bolso. Risadas também podem ser ouvidas na gravação.

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso, que será conduzido pela delegada Vivian de Andrade Matos, da DPCAMI de Itajaí, responsável pela Delegacia de Proteção à Criança ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso.

Além disso, o Ministério Público de Santa Catarina iniciou um procedimento para acompanhar o caso, que será mantido em sigilo pela 4ª Promotoria de Justiça de Itajaí.

A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina lamentou o incidente e afirmou que situações desse tipo são inaceitáveis. A pasta informou que irá acompanhar as investigações, embora o hospital em questão não faça parte da rede estadual, mas tenha parceria para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O Crefito-10 (Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 10ª Região) divulgou uma nota de repúdio contra a atitude da profissional, classificando-a como inconsequente. O Conselho afirmou que os membros já entraram em contato com o hospital para iniciar as investigações e que, se for confirmado que a responsável é uma fisioterapeuta, ela terá a sua licença suspensa até a conclusão do processo disciplinar adequado.

Logo após a divulgação do vídeo, a direção do hospital manifestou indignação e repúdio com a conduta da funcionária, afirmando que tomará todas as medidas legais disponíveis, tanto no âmbito administrativo, quanto no criminal e cível, contra a fisioterapeuta. Além disso, a instituição está investigando quem foram os colaboradores que filmaram ou participaram da cena, sem oferecer proteção à criança.

O hospital, que realiza uma média de 380 partos por mês, afirmou que a humanização e o respeito aos recém-nascidos e parturientes são princípios fundamentais da sua atuação há muitas décadas. A nota finaliza dizendo que esse ato isolado não pode manchar a imagem dos centenas de profissionais dedicados ao cuidado dos bebês na unidade hospitalar.

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