Ex-jogador Ronaldinho Gaúcho é ouvido pela CPI das Pirâmides Financeiras amanhã. #CPI #Ronadinho #PirâmidesFinanceiras

18/08/2023 – 09:08  

No dia de hoje, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras realizará uma reunião para ouvir representantes da empresa 18K. Um dos depoentes será o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, que é fundador e sócio-proprietário da empresa.

Segundo o deputado Ricardo Silva (PSD-SP), que solicitou a audiência com Ronaldinho, “a empresa afirmava trabalhar com trading e arbitragem de criptomoedas e prometia a seus clientes rendimentos de até 2% ao dia, supostamente baseado em operações com moedas digitais”.

No entanto, Ronaldinho Gaúcho afirma que teve sua imagem utilizada indevidamente pela empresa e também teria sido lesado por ela. Vale ressaltar que, em 2020, “Ronaldinho se tornou réu em uma ação que pede R$ 300 milhões por prejuízos a investidores”, como lembra Silva.

Além do depoimento de Ronaldinho, a CPI também ouvirá o presidente do Santos Futebol Clube, André Rueda, devido ao patrocínio da empresa de cassino e apostas online Blaze, que é acusada de fraude. O deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ) solicita que sejam questionados os representantes da plataforma Blaze no país e que o Santos entregue o contrato de patrocínio assinado com a empresa.

A audiência será realizada no plenário 9, a partir das 14h30.

Nesta semana, a CPI ouviu os sócios da empresa MSK Operações e Investimentos, que estão sendo investigados por lesar cerca de 4.000 clientes que investiram em criptomoedas. A empresa alegou aos deputados que foi surpreendida por um desfalque financeiro realizado por um de seus funcionários.

Por outro lado, a CPI não conseguiu ouvir o depoimento de artistas que fizeram publicidade para a Atlas Quantum, empresa que utilizava Bitcoins em operações financeiras e lesou seus clientes em R$ 2 bilhões. Os artistas obtiveram um habeas corpus, impedindo-os de comparecer à reunião.

A comissão também já ouviu especialistas que afirmaram que a tecnologia utilizada pelas criptomoedas tem atraído a prática de crimes como as pirâmides financeiras. No entanto, eles foram unânimes ao afirmar que isso não tem relação com a tecnologia em si, e sim com a desinformação associada a ela.

A CPI foi instalada no mês de junho e tem o prazo de 120 dias para concluir os trabalhos, podendo ser prorrogada por mais 60 dias mediante requerimento assinado por 1/3 dos deputados. Seu objetivo é investigar esquemas de pirâmides financeiras envolvendo o uso de criptomoedas. De acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), 11 empresas são suspeitas de terem realizado fraudes utilizando moeda digital, através da divulgação de informações falsas e promessas de alta rentabilidade para atrair vítimas e sustentar o esquema de pirâmide.

Da Redação – ND

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