Fifa comemora êxito do Mundial Feminino antes da aguardada final.

A abertura do Segundo Congresso de Futebol Feminino, promovido pela Fifa, contou com a presença do presidente Gianni Infantino, que demonstrava um sorriso estampado em seu rosto. O evento aconteceu no Centro Internacional de Convenções de Sydney, nos dias 17 e 18 de agosto, véspera da final da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2023, que seria disputada entre Espanha e Inglaterra no Estádio Olímpico de Sydney.

Infantino fez questão de ressaltar que o balanço da Copa do Mundo de 2023 é extremamente positivo. Segundo ele, muitos criticaram o evento argumentando que o futebol feminino seria disputado em dois países onde o esporte não é popular. Porém, o presidente da Fifa afirmou que o Mundial foi um verdadeiro sucesso.

Uma das críticas mais recorrentes foi em relação ao aumento no número de seleções femininas participantes, de 24 para 32. Infantino destacou que muitas pessoas duvidaram de que a competição teria um bom nível técnico com esse acréscimo, mas na verdade foi exatamente o contrário. Ele enfatizou que não houve um desequilíbrio gritante entre as equipes, mesmo com oito seleções estreantes no torneio. Além disso, o presidente ressaltou que esta foi uma das Copas do Mundo mais equilibradas dos últimos tempos, com times de todas as confederações conquistando pelo menos uma vitória e cinco delas alcançando as oitavas de final.

De acordo com Infantino, várias surpresas aconteceram durante o torneio, como a eliminação do Brasil pela Jamaica, uma seleção que ocupa apenas a 43ª colocação no ranking da Fifa. Outros resultados inesperados foram o Marrocos vencendo a Alemanha, segunda colocada na classificação, e a África do Sul eliminando a Itália e a Argentina.

O presidente também destacou a importância do trabalho árduo realizado pelas mulheres em países como a Jamaica, que ajudaram a elevar o nível do futebol feminino. Além disso, ele ressaltou a decisão da Fifa de aumentar os prêmios para as jogadoras, demonstrando um reconhecimento maior para o desempenho delas. Cada uma das 736 atletas envolvidas na competição recebeu pelo menos 30 mil dólares.

Infantino considerou a Copa do Mundo de 2023 na Austrália e na Nova Zelândia como um evento transformador e recordista, com 1,9 milhão de pessoas nos estádios e cerca de 2 bilhões de espectadores assistindo aos jogos pela televisão em todo o mundo. Apesar disso, houve momentos em que a taxa de ocupação dos estádios foi baixa, chegando a apenas 45,7% em algumas partidas na Nova Zelândia. Para atrair mais público, a empresa de auditoria Xero comprou 5 mil ingressos e os distribuiu gratuitamente em alguns jogos.

No entanto, a situação melhorou ao longo do torneio, com os estádios ganhando mais público e um número maior de pessoas acompanhando os jogos pela TV. A partida da semifinal entre Austrália e Inglaterra, por exemplo, quebrou o recorde de audiência na Austrália, com 11,1 milhões de espectadores. Nas Fan-Fests organizadas nas nove cidades-sede, aproximadamente 650 mil pessoas acompanharam as partidas ao vivo.

A treinadora americana Jill Ellis, bicampeã mundial com a seleção dos Estados Unidos em 2015 e 2019, afirmou que a Copa do Mundo de 2023 mudou a percepção das pessoas em relação ao futebol feminino. Ellis acredita que o torneio mostrou jogos interessantes, o que terá um impacto positivo nos clubes, na audiência das partidas e nos patrocínios. Ela enfatizou que este será um período de mudanças positivas para o futebol feminino ao redor do mundo.

Fatma Samoura, secretária-geral da Fifa, também destacou a importância do Mundial de 2023. Ela afirmou que o torneio mostrou como o futebol pode impactar a vida das pessoas e que o sucesso do evento é apenas o começo para o futebol feminino globalmente.

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