A ansiedade fica em espera, sem grandes alterações, mas pronta para despertar a qualquer momento.

Caro leitor, hoje trago a você uma importante pesquisa divulgada pelo jornal Folha de São Paulo. Segundo o Datafolha, um terço dos brasileiros relata enfrentar problemas de ansiedade, sono e alimentação. Essa pesquisa despertou meu interesse, pois me reconheci nas estatísticas apresentadas.

Apesar de nos dias de hoje haver menos estigma em relação às doenças mentais, a maioria das pessoas ainda sabe pouco sobre o que realmente acontece durante uma crise de ansiedade. Mesmo entre aqueles que são próximos, é comum ouvir perguntas do tipo “mas, assim, do nada?”. A verdade é que um episódio de pânico ocorre de forma repentina, como uma enorme onda que cresce cada vez mais. É impossível prever quando e por que isso acontecerá. No entanto, é importante destacar que a ansiedade não surge “do nada”. Baseado em minha própria experiência, posso dizer que mesmo com todos os recursos e informações, a ansiedade vive adormecida dentro de nós, como que em banho-maria.

No entanto, basta um acontecimento mal resolvido, ou uma série deles, para que o mecanismo da panela de pressão seja acionado. Nesse momento, o organismo começa a cozinhar sentimentos que foram ignorados e mal digeridos. A consequência disso não é imediata – pode levar dias até que a ansiedade atinja seu ponto máximo, e é sempre uma surpresa quando isso acontece, despertando em nós a sensação de morte.

Essa pesquisa mostra a importância de discutirmos mais sobre saúde mental, especialmente sobre a ansiedade, que afeta uma parcela considerável da população brasileira. É essencial que haja uma maior compreensão e empatia em relação a esse tema, para que as pessoas que sofrem com essas doenças não se sintam excluídas e incompreendidas.

Diante desses dados, é fundamental que busquemos formas de cuidar da nossa saúde mental e de auxiliar aqueles que sofrem com a ansiedade. O compartilhamento de relatos, tanto por pessoas anônimas quanto por famosos, tem contribuído positivamente para diminuir o estigma em torno dessas doenças. No entanto, ainda há muito a ser feito.

É preciso que a sociedade como um todo se mobilize para oferecer um suporte adequado às pessoas que sofrem de ansiedade e outras doenças mentais. A informação e o diálogo são essenciais, bem como a busca por tratamentos adequados e profissionais especializados na área. Afinal, é fundamental que todos tenham a oportunidade de viver uma vida plena e saudável, livre da sombra da ansiedade.

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