O objetivo do documentário, segundo Shipton, é revelar as ações que os governos podem tomar para censurar a imprensa. Ele acredita que assistir ao documentário ajuda a nos preparar para futuros confrontos, fornecendo ferramentas para auxiliar os governos a perceberem que existem outras maneiras de governar um país. O pai de Assange também argumenta que a prisão de seu filho viola a liberdade de imprensa em todo o mundo. Ele questiona: “Qual jornalista estaria disposto a passar 14 anos na prisão e gastar milhões de dólares em advogados para garantir sua liberdade? O jornalismo está sendo pressionado em todo o mundo”.
Assange foi preso na Inglaterra em 2019 após ter passado sete anos asilado na Embaixada do Equador. Ele é acusado pela Justiça dos Estados Unidos de 18 crimes, incluindo espionagem, em razão da divulgação, em 2010, de mais de 700 mil documentos secretos relacionados às guerras no Iraque e no Afeganistão. Caso seja considerado culpado, ele pode enfrentar uma pena de até 175 anos de prisão.
Shipton agradeceu o apoio do governo brasileiro a Assange e mencionou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, numa visita recente a Londres, afirmou que a manutenção da prisão do jornalista é uma vergonha. Nesta terça-feira (22), Shipton se encontrou com o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, que ressaltou o compromisso do governo brasileiro com a causa de Assange e com a defesa da liberdade de expressão. Pimenta enfatizou o apoio do presidente Lula à luta de Assange, reafirmando o compromisso com uma imprensa livre e com aqueles que buscam um mundo melhor.
O documentário “Ithaka – A Luta de Assange” é mais uma iniciativa para conscientizar o público sobre a perseguição enfrentada pelo jornalista e defender sua liberdade, bem como destacar a importância da imprensa livre na sociedade. A divulgação dessa obra é fundamental para manter viva a discussão sobre a liberdade de expressão e os limites da atuação dos governos no controle da informação.
