O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) protocolou ação contra os envolvidos em desvios de dinheiro em contratos do Detran.

O Ministério Público do Rio de Janeiro, por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital, tomou medidas legais contra indivíduos envolvidos em práticas ilícitas relacionadas a contratos do Departamento de Trânsito do Rio (Detran-RJ), que resultaram em um prejuízo estimado de R$ 37 milhões. A ação civil pública por improbidade administrativa foi ingressada com o intuito de responsabilizar os culpados por suas ações.

Segundo informações do Ministério Público, os contratos em questão foram firmados emergencialmente, sem a realização de licitação, entre a Montreal Informática, uma empresa especializada em serviços de tecnologia, e o órgão estadual Detran-RJ. O MPRJ alega que ocorreu o desvio de recursos devido às condutas inadequadas tanto dos agentes públicos do órgão quanto dos demais envolvidos no esquema montado com o objetivo de burlar a concorrência das licitações.

A ação movida pelo Ministério Público ressalta que as justificativas para os processos emergenciais se baseavam na proximidade do fim dos contratos vigentes e na demora excessiva para a realização das licitações, atribuída à omissão dos agentes públicos responsáveis pelo processo. Ou seja, segundo o órgão, os envolvidos estariam deliberadamente atrasando os processos para garantir que os contratos fossem firmados emergencialmente, sem a devida concorrência.

Dentre os acusados na ação civil pública estão o ex-presidente do Detran-RJ, Vinícius Farah, e outros ex-diretores e assessoras do órgão, além da empresa Montreal Informática. Até o momento, não foi possível obter contato com a Montreal Informática e a defesa dos demais citados na ação. No entanto, busca-se esclarecer a situação por meio de informações adicionais e declarações dos envolvidos.

A ação civil pública movida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro é mais um exemplo das investigações que visam coibir práticas corruptas e garantir o uso correto dos recursos públicos. A improbidade administrativa é um crime que tem consequências graves para a sociedade, e é papel do Ministério Público fiscalizar e combater essas irregularidades. Agora, cabe aguardar o desenrolar do processo judicial para que os responsáveis sejam devidamente julgados e punidos, caso sejam considerados culpados pelos seus atos.

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