BNDES e Cepal assinam parceria para desenvolvimento de pesquisas e publicação de trabalhos conjuntos

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, assinou nesta segunda-feira (4) um memorando de entendimento com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), visando a formação de uma parceria técnica voltada para o desenvolvimento de pesquisas e a publicação de trabalhos conjuntos. A assinatura ocorreu durante um evento comemorativo dos 75 anos da Cepal.

Durante o evento, Mercadante também anunciou um projeto de criação de um centro de formação para gestores públicos brasileiros e latino-americanos. Segundo ele, a América Latina precisa buscar mais interações entre os países do Sul global, como tem sido feito pelo Brasil na política externa do presidente Lula, ao fortalecer e ampliar os BRICS. Para Mercadante, o novo cenário de mudança geopolítica, juntamente com uma mudança do padrão tecnológico na indústria 4.0 e a crise climática, oferece uma oportunidade para a América Latina se reposicionar.

O memorando estabelece o Grupo de Trabalho (GT) BNDES CEPAL +70, responsável por coordenar as atividades de cooperação entre as instituições. O objetivo do grupo é pesquisar temas de interesse mútuo, como a construção de novos modelos de desenvolvimento sustentável, conciliando a transição para uma economia de baixo carbono com produtividade e inclusão social. Além disso, busca-se impulsionar a industrialização e promover políticas para o desenvolvimento produtivo, baseadas na transição ecológica e na transformação digital. O memorando também visa a reinserção das economias brasileira, latino-americanas e caribenhas nas cadeias globais de valor, fortalecendo a integração regional e promovendo a igualdade social em aspectos como gênero, raça e etnia.

Essa parceria entre o BNDES e a Cepal surge como uma oportunidade para o fortalecimento das relações entre Brasil e América Latina, buscando soluções conjuntas para os desafios enfrentados pela região. Com essa parceria, espera-se impulsionar o desenvolvimento sustentável e a inclusão social, além de promover a igualdade de gênero e a reinserção das economias da região nas cadeias globais de valor. A cooperação técnica resultante dessa parceria poderá contribuir para a melhoria das políticas públicas e para a construção de um desenvolvimento mais justo e equilibrado na América Latina.

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