Apesar da queda, é importante ressaltar que o indicador ainda está acima da linha divisória de 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo. No entanto, o índice está abaixo da média histórica de 54,1 pontos, o que indica uma certa preocupação por parte dos empresários.
De acordo com a CNI, a principal razão para essa queda na confiança é a avaliação negativa sobre o momento atual da economia brasileira. O Índice de Condições Atuais, que mede a percepção atual sobre a economia e a própria empresa, ficou estável em 47,3 pontos. Esse indicador vem abaixo da linha de 50 pontos desde janeiro, mas vinha mostrando uma recuperação nos últimos meses. No entanto, essa tendência positiva foi interrompida em setembro.
Já o Índice de Expectativas, que mede as perspectivas para os próximos seis meses, caiu dois pontos, chegando a 54,2 pontos. Esse indicador é dividido em duas partes: a previsão positiva para a própria empresa e a previsão para a economia como um todo. Enquanto a previsão para a empresa se manteve relativamente estável, a previsão para a economia se deteriorou, ficando abaixo da linha de otimismo.
A CNI aponta que esses movimentos representam uma reversão parcial em relação ao avanço das expectativas observado em agosto. A entidade destaca que o Icei mostra um movimento de acomodação após o corte da Taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia, realizado pelo Banco Central no mês passado.
A pesquisa para o Índice de Confiança do Empresário Industrial foi realizada com 1.494 empresários entre os dias 1º e 11 de setembro. Os resultados indicam uma certa preocupação dos industriais com o momento atual da economia e com as perspectivas para os próximos meses. Resta aguardar os próximos meses para observar se essa queda na confiança se mantém ou se há uma retomada da confiança por parte dos empresários.
