Atividade econômica brasileira registra crescimento de 0,44% em julho, segundo dados do Banco Central.

A atividade econômica brasileira apresentou um aumento em julho deste ano, segundo o Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou um crescimento de 0,44% em relação ao mês anterior, de acordo com dados ajustados para o período. O índice alcançou 150,94 pontos em julho e teve um aumento de 0,66% em comparação ao mesmo mês de 2022, sem ajuste para o período. Em termos de acumulado em 12 meses, o indicador também teve um resultado positivo de 3,12%.

Essa é a segunda vez consecutiva que o IBC-Br apresenta um aumento, após uma retração em maio. Esse índice é uma importante ferramenta para avaliar a evolução da atividade econômica do país e auxilia o Banco Central na tomada de decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 13,25% ao ano. O IBC-Br incorpora informações sobre o nível de atividade dos setores da economia, como indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

A taxa básica de juros, a Selic, é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom (Comitê de Política Monetária) aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é controlar a demanda aquecida, o que tem reflexos nos preços, já que os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Essas taxas mais altas ajudam na redução da inflação, mas podem dificultar a expansão da economia.

No entanto, diante da queda da inflação, o BC iniciou no mês passado um ciclo de redução da Selic, o que deve estimular a atividade produtiva. A última vez que houve uma redução na Selic foi em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano, no contexto da crise econômica gerada pela pandemia de covid-19. Após isso, o Copom aumentou a Selic por 12 vezes consecutivas e, agora, espera-se uma nova redução da taxa básica para 12,75% ao ano.

É importante ressaltar que o IBC-Br possui uma metodologia diferente da utilizada para medir o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira. Segundo o próprio BC, o IBC-Br contribui para a elaboração da política monetária do país, mas não é exatamente uma prévia do PIB. O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país. E, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira teve um crescimento de 0,9% no segundo trimestre de 2023 em comparação com o primeiro trimestre. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o avanço foi de 3,4%.

No acumulado em 12 meses, o PIB apresentou uma alta de 3,2%. Já no primeiro semestre de 2023, o crescimento acumulado foi de 3,7%. Em 2022, o PIB do Brasil alcançou um crescimento de 2,9%, totalizando R$ 9,9 trilhões.

Nesta semana, o Copom se reunirá novamente para definir a Selic, e a expectativa do mercado é que a taxa básica de juros seja reduzida para 12,75% ao ano. O resultado do IBC-Br indica uma melhora na atividade econômica, o que pode influenciar na decisão sobre a taxa de juros e também indicar um cenário favorável para a economia brasileira.

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