Comissão de Agricultura discute projeto para sustar retomada da pesca de arrasto na costa do Rio Grande do Sul.

No último dia 20 de setembro, a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) realizou uma importante audiência pública para debater o Projeto de Decreto Legislativo (PDL 206/2021). Esse projeto, apresentado por seis senadores, entre eles Paulo Paim (PT-RS), tem como objetivo sustar o plano estabelecido em 2021 pelo então secretário de Pesca do governo Bolsonaro e atual senador Jorge Seif (PL-SC) para a retomada da pesca de arrasto na costa do Rio Grande do Sul.

Vale destacar que a pesca de arrasto por embarcações motorizadas está proibida na costa gaúcha desde o governo Lula, devido a questões ambientais relacionadas à matança de espécies marinhas e destruição do habitat local. No entanto, o senador Jorge Seif defende fervorosamente a retomada dessa atividade na região.

Durante o debate na CRA, os representantes do governo federal se mostraram firmemente contrários à ideia de retorno da pesca de arrasto. Segundo eles, as restrições impostas visam preservar o ecossistema marinho e garantir a sustentabilidade da pesca na região. Além disso, destacaram os impactos negativos que essa prática pode causar tanto para as espécies marinhas quanto para a economia local.

A pesca de arrasto é conhecida por sua forma predatória de captura de peixes e outros organismos marinhos. Nesse método, uma rede em forma de cone é arrastada pelo fundo do mar, capturando tudo o que encontra pelo caminho. Com isso, diversas espécies não-alvo são capturadas acidentalmente e acabam sendo descartadas, muitas vezes já sem vida.

A proibição da pesca de arrasto na costa gaúcha foi uma medida acertada e necessária para a preservação do meio ambiente marinho. O Rio Grande do Sul possui uma rica diversidade de espécies marinhas, muitas delas ameaçadas de extinção, e é fundamental garantir sua proteção e conservação. Além disso, a atividade pesqueira é de extrema importância para a economia local, gerando empregos e movimentando recursos.

Por fim, é válido ressaltar que existem métodos de pesca mais sustentáveis e responsáveis, que não causam tantos danos ao meio ambiente. É fundamental investir em alternativas que promovam a preservação dos recursos marinhos e garantam a geração de renda para os pescadores locais.

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