Depoimentos sobre a CPI da Pandemia chegam ao fim após 20 testemunhas
Após uma série de audiências públicas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia encerrou os depoimentos de suas testemunhas. Ao total, foram 20 depoimentos prestados por autoridades e especialistas, com o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da crise sanitária do coronavírus.
O primeiro a depor foi o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, que trouxe importantes informações sobre a atuação do governo no controle das fronteiras e na fiscalização do cumprimento das medidas sanitárias. Em seguida, foram ouvidos o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e os ex-ministros do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias e general Augusto Heleno. Eles foram questionados sobre a participação do governo na coordenação das ações de segurança durante a pandemia.
Um dos depoimentos mais aguardados foi o do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Cid trouxe diversas revelações sobre as decisões tomadas no âmbito do governo e suas relações com setores militares.
A relatora da CPI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), anunciou que irá apresentar seu relatório final na próxima terça-feira, dia 17. A expectativa é que o documento traga um panorama completo das investigações e aponte as responsabilidades do governo federal no enfrentamento da pandemia.
Apesar disso, a oposição já declarou que apresentará um voto em separado, contestando o relatório apresentado pela relatora. Segundo os parlamentares opositores, o governo teve uma atuação negligente e irresponsável, negligenciando medidas importantes para o controle da propagação do vírus e contribuindo para o agravamento da crise sanitária.
A CPI da Pandemia tem sido um importante instrumento de fiscalização e transparência em relação às ações do governo federal durante a pandemia. As investigações têm fornecido informações cruciais para a compreensão dos erros e acertos na condução da crise sanitária e, consequentemente, para a prevenção de futuras emergências de saúde pública.
