Greve dos serviços públicos de São Paulo entra em segundo dia com adesão e entendimento dos trabalhadores

A Greve dos Serviços Públicos em São Paulo Continua

A paralisação dos trabalhadores dos serviços públicos de São Paulo vai prosseguir até a 0h de quarta-feira (29), de acordo com os representantes dos sindicatos envolvidos. Durante uma entrevista coletiva realizada na tarde desta terça-feira (28), as entidades afirmaram que a greve já demonstrou ser vitoriosa em termos de participação e compreensão dos trabalhadores em relação aos motivos do movimento.

José Faggian, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintraema), enfatizou que a grande conquista da paralisação é iniciar um debate com a população sobre as consequências da privatização, não apenas da Sabesp, mas também do Metrô e da CPTM.

A entrevista também contou com a participação de Camila Lisboa, presidente do Sindicato dos Metroviários, que destacou a proposta da categoria ao governo do estado de liberar as catracas, permitindo que a população utilizasse o transporte sobre trilhos gratuitamente. No entanto, a resposta do governo foi negativa.

Os sindicatos envolvidos na greve acreditam que a população de São Paulo não elegeu o governador Tarcísio de Freitas para governar sem contestação. Eles pediram que o governador participasse de debates e provasse que a privatização não resultaria em problemas semelhantes ao recente apagão da Enel e que não afetaria negativamente a população.

Além disso, Richard Araújo, vice-diretor de políticas sociais do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, ressaltou a participação dos professores na greve contra a privatização, e também devido à proposta de emenda constitucional enviada pelo governador para a Assembleia Legislativa de São Paulo, que reduziria o orçamento mínimo obrigatório para a educação.

Segundo informações do governo estadual, 62% do contingente da CPTM está trabalhando, cumprindo a decisão judicial que determina o mínimo de 60% dos trabalhadores na ativa em determinados horários. Já os sindicato dos metroviários, apesar da reabertura de estações, estariam descumprindo a decisão judicial, o que resulta em multa diária de R$ 700 mil.

Os ônibus municipais e intermunicipais estão circulando normalmente, com as linhas metropolitanas da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos funcionando com intensificação da operação e extensão de itinerário em mais de 30 linhas estratégicas. Todos os sistemas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos da Sabesp estão operando regularmente.

O governo de São Paulo determinou ponto facultativo nos serviços públicos estaduais da capital para permitir a remarcação de consultas, exames e demais serviços afetados pela greve. No entanto, os serviços de segurança pública, restaurantes e postos móveis do Bom Prato não foram afetados.

Em resumo, a greve continua a impactar diversos setores em São Paulo, e os sindicatos estão buscando garantir que a população e os serviços públicos não sofram com as consequências da privatização. Uma situação que ainda deve ser acompanhada nos próximos dias.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo