Artesanato produzido por detentos cearenses ganha espaço em loja de shopping, promovendo a ressocialização e a geração de renda

Artesanato produzido por internos do sistema prisional ganha espaço no Shopping RioMar Kennedy

Por Natasha Ribeiro – Ascom SAP

Após o sucesso das lojas no Shopping RioMar Fortaleza e no Shopping Benfica, o artesanato produzido pelos internos e internas do sistema prisional cearense ganhou um novo espaço. Dessa vez, o trabalho de reinserção social da Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP) passou a ser comercializado numa loja física do Shopping RioMar Kennedy. Essa nova empreitada reforça o trabalho desenvolvido pela Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso (Coispe) na qualificação e trabalho de pessoas privadas de liberdade dentro e fora das unidades prisionais, beneficiando mais de 1.600 internos e internas em diferentes projetos realizados no sistema prisional do Ceará.

A loja, que possui 28m², funciona de segunda a sábado de 10h às 22h e domingo de 13h às 21h no andar L2. No local, os clientes poderão conferir mais de 250 peças confeccionadas pelos internos de nove unidades responsáveis pela produção dos artigos. Produtos como almofadas de chita, mochilas de patchwork, jogos americanos de vagonite, peças em ponto cruz, bolsas de macramê e de crochê estarão disponíveis à venda, além de peças decorativas produzidas através do reaproveitamento de resíduos têxteis como matéria prima. São artigos como conjuntos de mesa, tapetes, panos de limpeza, painéis de parede, porta guardanapos, chaveiros e bancos.

O secretário da administração penitenciária e ressocialização, Mauro Albuquerque, comemora o novo espaço como um avanço no sistema prisional, incentivando a capacitação profissional dos internos e contribuindo para o processo de ressocialização. Parcerias como a do RioMar Kennedy são fundamentais para a transformação e reinserção dessas pessoas na sociedade.

O superintendente do RioMar Kennedy, Patrick Garcia, também comentou sobre a importância dessa parceria e como o projeto Arte em Cadeia beneficia não só a transformação individual dos internos, mas também contribui para o mix de produtos do shopping.

Além do projeto “Arte em Cadeia”, a Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso também desenvolve o “Reciclarte”, que visa implementar uma nova dinâmica de oficinas de trabalho, com a reutilização de resíduos têxteis doados pela empresa Malwee, instalada no sistema prisional, especializada na confecção de peças de vestuário. Os internos são capacitados em várias técnicas de reaproveitamento de materiais recicláveis em suas criações, com foco na sustentabilidade e na promoção da arte a partir da utilização de materiais menos convencionais.

Essas iniciativas mostram como o trabalho artesanal pode ter um impacto positivo não só na vida dos internos, mas também na sociedade como um todo, ao promover a reinserção social e a qualificação profissional dessas pessoas. A comercialização desses produtos também contribui para a manutenção dos estabelecimentos prisionais e para atividades de reinserção social da população carcerária, demonstrando o potencial transformador desse tipo de iniciativa.

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