Esses números são superiores aos 67 jornalistas mortos no mesmo período de 2022, incluindo 12 na guerra entre Ucrânia e Rússia, e o dobro do registrado em todo o ano de 2021, que totalizou 47 mortes. A organização que representa jornalistas de todo o mundo expressou preocupação com o número de profissionais mortos no exercício de suas funções ao longo deste ano.
O grupo fez um apelo por melhor proteção dos trabalhadores dos meios de comunicação e exigiu que os agressores sejam responsabilizados. A presidente da FIJ, Dominique Pradalié, pediu uma nova norma global para a proteção dos jornalistas e uma aplicação internacional eficaz, afirmando que “o imperativo de uma aplicação nunca foi tão grande”.
De acordo com a FIJ, na guerra entre Israel e Hamas, que começou em 7 de outubro, 68 jornalistas foram mortos, o que representa mais de um morto por dia. A maioria das vítimas eram jornalistas palestinos na Faixa de Gaza, onde as forças israelenses continuam a ofensiva iniciada após o ataque do Hamas a Israel no início de outubro.
A FIJ classificou a guerra em Gaza como mais mortífera para os jornalistas do que qualquer outro conflito desde que a organização começou a registrar as mortes de jornalistas em 1990. Além disso, a Ucrânia continua sendo um país perigoso para os jornalistas, com três repórteres ou trabalhadores dos meios de comunicação sendo mortos na guerra com a Rússia desde o início do ano.
A organização também lamentou a morte de jornalistas em outros países, como Afeganistão, Filipinas, Índia, China e Bangladesh. A FIJ pediu aos governos que esclareçam totalmente esses assassinatos e adotem medidas para garantir a segurança dos jornalistas.