Ministro do Trabalho defende salários maiores e inclusão produtiva da juventude em lançamento de pacto nacional

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, fez um apelo nesta segunda-feira (11) para que as empresas se esforcem para oferecer salários mais justos aos trabalhadores. De acordo com Marinho, apesar da queda no número de desempregados, a maior parte das ocupações oferece remunerações entre R$ 1,5 mil e R$ 1,7 mil. Durante o lançamento do Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes, o ministro enfatizou a necessidade de reflexão sobre a precariedade do mercado de trabalho.

Marinho pediu às empresas que analisem seus patamares de lucro e avaliem se os salários oferecidos estão adequados a esses níveis. Ele ressaltou a importância de compatibilizar os ganhos das empresas com a possibilidade de oferecer salários melhores aos trabalhadores.

O Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes é uma iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O documento traz compromissos para os governos, empresas, sindicatos e terceiro setor atuarem em conjunto para promover a inclusão produtiva da juventude.

O Unicef destaca que o Brasil está passando por um processo de envelhecimento populacional, com a população de jovens entre 15 e 29 anos sendo reduzida. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego apontam que apenas 14% dos jovens desempenham atividades técnicas qualificadas, com a maioria ocupando funções informais como operador de telemarketing, vendedor e motorista de aplicativo. Além disso, a informalidade atinge 51% das mulheres e 56% dos jovens negros.

O presidente do Conselho Nacional da Juventude, Marcos Barão, ressaltou a importância de se tomar medidas concretas para mudar a situação dos jovens no mercado de trabalho. Ele alertou que o envelhecimento da população antes de prosperar pode levar a um futuro de pobreza, violência e desigualdade, afetando negativamente as empresas e a sociedade como um todo.

Segundo Barão, a inclusão dos jovens no mercado de trabalho vai além da capacitação profissional e demanda ações complexas e sistêmicas, englobando temas como trabalho digno, educação, cidadania e saúde mental. Se medidas concretas não forem tomadas, a exclusão dos jovens pode trazer consequências negativas para toda a sociedade.

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