A projeção de crescimento para 2024 na indústria de transformação e de construção é mais modesta, com previsões de 0,3% e 0,7%, respectivamente. No entanto, esses números representam uma recuperação das quedas verificadas neste ano, com a indústria de transformação encerrando 2023 com queda de 0,7% e a indústria da construção com um recuo de 0,6%.
Quanto ao investimento, a CNI aponta que o consumo das famílias terá um crescimento de 2,6% em 2023, enquanto o investimento terá um recuo de 3,5%, resultando em uma queda na taxa de investimento para 18,1% do PIB. A entidade defende que o Brasil precisa de uma estratégia de médio e longo prazo para sustentar taxas de investimento iguais ou superiores a 20% do PIB.
O presidente da CNI, Ricardo Alban, ressalta a importância do aumento do investimento para o crescimento sustentado da economia. Ele destaca a necessidade de uma agenda econômica verde, de sustentabilidade, pesquisa e inovação, e transformação digital para atrair indústrias e desenvolver infraestrutura para a transição para uma economia de baixo carbono.
No entanto, a entidade não é otimista em relação ao mercado de trabalho, projetando uma desaceleração no crescimento da massa salarial e do número de pessoas ocupadas em 2024. Além disso, a avaliação é de que o cenário econômico internacional será pouco favorável, o que pode impedir novos aumentos históricos no saldo positivo da balança comercial.
Portanto, as projeções da CNI apontam desafios para a economia brasileira nos próximos anos, destacando a importância de estratégias de longo prazo e a necessidade de enfrentar obstáculos tanto internos quanto externos para garantir o crescimento sustentado do país.