MEC oficializa valor do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério Público da Educação Básica para 2024, gerando polêmica entre entidades.

O Ministério da Educação (MEC) anunciou oficialmente o novo valor do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério Público da Educação Básica (PSPN) para o ano de 2024. De acordo com a Portaria 61/2024, o reajuste foi estabelecido em 3,62% em relação ao valor do ano anterior, elevando o salário mínimo de um professor para R$ 4.580,57. A medida, válida para profissionais da rede pública que lecionam em uma jornada de no mínimo 40 horas semanais, entrou em vigor em 1º de janeiro de 2024 e foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

No entanto, é importante destacar que o reajuste não é automático. Os salários fixados são pagos pelas redes de educação de estados, municípios e do Distrito Federal, através de repasses da União por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), além da arrecadação de impostos. Com a divulgação oficial do valor do piso salarial, as prefeituras e governos estaduais precisam normatizar o piso em cada localidade, por meio de portaria própria.

O critério para o reajuste do PSPN é anual e tem sido realizado desde 2009. O MEC é responsável por calcular o novo índice, que é atualizado com base no mesmo percentual de reajuste anual do valor mínimo por aluno, referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano.

No entanto, a medida tem gerado repercussão. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) questiona a legalidade do reajuste, já que a regulamentação do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) foi revogada pela Lei 14.113/2020. A CNM entende que não deve ser considerado o valor anual mínimo por aluno do Fundeb, o que geraria um vácuo legal para o reajuste do piso nacional do magistério. Já a Confederação dos Trabalhadores em Educação (CNTE) acredita que é possível pagar o piso acima da inflação.

Enquanto isso, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) defende que, como não houve mudança na regra, o MEC está seguindo o que a legislação prevê e evita dar um posicionamento sobre o tema.

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