Lula defende mudanças na ONU e em instituições financeiras em cúpula do G20 no Rio de Janeiro.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tem grandes ambições para a próxima Cúpula do G20, que está programada para acontecer no Rio de Janeiro, em novembro. Durante sua viagem à Etiópia, Lula expressou a necessidade de discutir mudanças na Organização das Nações Unidas (ONU) e no funcionamento das instituições financeiras internacionais.

Inicialmente, ele destacou a existência de uma crise na governança global e reiterou a importância de encontrar soluções para as dívidas contraídas por países pobres. Durante a 37ª Cúpula da União Africana na Etiópia, Lula discutiu propostas para uma reforma no sistema financeiro internacional, especificamente fazendo menções ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial. Ele questionou se essas instituições estariam servindo para financiar o desenvolvimento dos países pobres ou simplesmente para sufocá-los.

No entanto, as discussões não se limitaram ao cenário financeiro, com Lula também questionando a credibilidade das agências de avaliação dos países. Ele colocou em dúvida a quem essas agências servem ao emitirem avaliações negativas.

E como anfitrião da Cúpula do G20 em novembro, o Brasil prevê importantes discussões sobre questões financeiras e internacionais. Além das 19 maiores economias do mundo e a União Europeia, a partir deste ano o evento também contará com a participação da União Africana.

Na sua posição de líder do país anfitrião, Lula também apontou a necessidade de discutir o funcionamento das Nações Unidas no G20. Ele questionou a eficácia da ONU em cumprir seus objetivos, criticando a composição do Conselho de Segurança, onde países com poder de veto detêm as armas nucleares e muitas vezes não cumprem o que foi estabelecido.

Em relação à falta de ação da ONU diante do conflito na Faixa de Gaza, Lula classificou a invasão israelense na região como “genocídio” e “chacina”. Ele destacou a necessidade de mais instâncias de deliberação e criticou a falta de governança no mundo.

Portanto, a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro promete ser um fórum crucial para questões econômicas, sociais, de desenvolvimento e cooperação internacional, com o Brasil liderando as discussões para reformas significativas nos cenários financeiro e global.

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