As desigualdades regionais em relação ao saneamento também são destacadas no relatório, com regiões como Centro-Oeste, Sul e Sudeste registrando níveis de cobertura iguais ou acima dos 90% no abastecimento de água, enquanto as regiões Norte e Nordeste apresentaram índices significativamente menores, de 60% e 74,7%, respectivamente. Com relação ao esgotamento sanitário, a média de atendimento no país está pouco acima dos 50%, com a Região Sudeste alcançando 82%, e o Norte apenas 14%.
Diante dessas constatações, o relatório sugere medidas como a ampliação de investimentos e apoio da União a estados e municípios para o cumprimento das metas de universalização do saneamento básico. O senador Confúcio Moura (MDB-RO), autor do relatório, estima que seriam necessários aportes de R$ 890 bilhões em investimentos para que o país alcance a universalização desses serviços, levando em consideração a expansão da rede e recuperação do que já existe.
Além disso, o relatório destaca que a capacidade de impacto positivo do saneamento no PIB seria de quase R$ 2 trilhões e de R$ 1,4 trilhão em arrecadação. A Avaliação de Políticas Públicas, instrumento previsto no Regimento Interno do Senado Federal, foi utilizada para fiscalizar a execução das leis e dos atos do Poder Executivo relacionados ao tema, buscando verificar se a implementação das políticas está sendo feita de forma adequada.
É evidente, diante desses dados, que o cenário do saneamento básico no Brasil requer atenção e investimentos significativos para que a população como um todo possa desfrutar dos benefícios de um sistema de saneamento eficiente e abrangente.