A notícia do falecimento de Maria foi divulgada pela comunidade católica Canção Nova, à qual ela fazia parte desde os primeiros anos do milênio. De acordo com as informações, sua morte foi decorrente de causas naturais.
Maria se tornou famosa ao desfilar com uma lata d’água de 20 litros na cabeça, quando tinha apenas 18 anos. Sua habilidade e carisma no carnaval foram tão marcantes que ela inspirou a popular marchinha “Lata D’água na Cabeça”, de Luís Antonio e Jota Júnior, em 1952.
A Portela, uma das escolas de samba por onde Maria desfilou, expressou seu pesar pela perda em uma nota divulgada no antigo Twitter. Maria nasceu em Diamantina (MG) em setembro de 1933 e, desde jovem, ajudava sua mãe a pegar água em uma bica perto de sua casa. Após se mudar para o Rio de Janeiro aos 11 anos, ela ganhou o apelido que a tornaria famosa por todo o Brasil.
Em sua autobiografia “Lata D’Água Na Cabeça – Da Passarela ao Sacrário”, lançada em 2017, Maria conta sua história e como se casou com um suíço, vindo residir no Brasil. Em uma entrevista ao Canção Nova Notícias em 2018, Maria revelou que em 1990, durante o Retiro de Água Viva, no Maracanãzinho, sentiu o chamado de Deus, abandonando o carnaval e se dedicando à vida espiritual na Canção Nova.
A morte de Maria Lata D’Água representa o fim de uma era no mundo do samba, mas seu legado e sua história continuarão vivos na mente e nos corações dos amantes da folia de Momo. Ela será lembrada não só por sua perícia no samba com a icônica lata d’água na cabeça, mas também por sua trajetória de vida marcante e inspiradora.
