Greve de trabalhadores aeroportuários na Argentina cancela voos da Latam e Gol; passageiros terão remarcação gratuita.

Nesta quarta-feira, as empresas aéreas brasileiras Latam e Gol tiveram que cancelar seus voos com destino à Argentina devido a uma greve de trabalhadores aeroportuários no país vizinho. A paralisação dos funcionários argentinos afetou os aeroportos de Buenos Aires, Córdoba e Rosário, que receberiam voos das companhias brasileiras.

A Gol informou que os passageiros afetados terão a opção de remarcar seus voos para outras datas sem custos adicionais. A empresa está em contato com os clientes por e-mail e SMS, permitindo que realizem a alteração de seus bilhetes nos canais digitais da companhia. Para aqueles que adquiriram passagens por agências de viagem, a recomendação é que entrem em contato diretamente com os representantes dessas agências.

Já a Latam explicou que o cancelamento foi necessário devido ao papel dos trabalhadores em greve, que são responsáveis pela transferência de passageiros e bagagens dentro dos aeroportos. A empresa está oferecendo a possibilidade de reagendar a viagem para até um ano após a data original do voo, respeitando a rota original. Além disso, os clientes têm a opção de solicitar reembolso dos valores gastos.

A greve dos trabalhadores afeta não apenas as empresas aéreas Latam e Gol, mas também a empresa argentina Intercargo e a companhia aérea Aerolíneas Argentina. A Aerolíneas informou o cancelamento de 331 voos, impactando cerca de 24 mil passageiros. A Associação do Pessoal Aeronáutico (APA), representante de uma das categorias em greve, relatou que as empresas ofereceram um reajuste de 12%, enquanto a defasagem salarial chega a aproximadamente 70%.

A situação na Argentina é agravada pela alta taxa de inflação, que registrou um aumento de 20,6% nos preços ao consumidor em janeiro deste ano. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação de preços atinge 254%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina (Indec). A instabilidade econômica e os conflitos trabalhistas continuam impactando o setor aéreo e os passageiros que dependem dos voos para viajar.

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