A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem realizará uma reunião na terça-feira (5), às 9h, para ouvir três importantes depoentes. Entre eles está o engenheiro civil Abel Galindo Marques, professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas, que foi um dos primeiros profissionais a alertar sobre a possibilidade de desabamento do teto de uma das minas escavadas pela Braskem em Maceió. O relator da CPI, senador Rogério Carvalho (PT-SE), é autor dos três requerimentos de convocação.
Além de Abel Galindo, a CPI também ouvirá o ativista José Geraldo Marques, doutor em ecologia e uma das vítimas da evacuação dos bairros afetados pela mineração da Braskem. Há relatos de que ele sofreu pressões e ameaças por se opor à instalação da empresa Salgema, ligada à Braskem. O terceiro depoente será a engenheira Natallya de Almeida Levino, professora da Universidade Federal de Alagoas e coordenadora de uma pesquisa sobre as consequências da subsidência em Maceió.
Depoimentos na quarta-feira
Na quarta-feira (6), às 9h, a CPI seguirá com os depoimentos, agora com o diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Mauro Henrique Moreira Sousa, e o geólogo Thales Sampaio, aposentado da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). Os requerimentos para a convocação desses dois depoentes foram apresentados pelo senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), que destacou a importância dos depoimentos para as investigações da comissão.
Objetivo da CPI
A CPI, sob a presidência do senador Omar Aziz (PSD-AM), foi criada com o objetivo de investigar os efeitos da responsabilidade jurídica e socioambiental da Braskem no afundamento do solo em Maceió. Com prazo estabelecido até o dia 22 de maio e limite de gastos de R$ 120 mil, a comissão tem 11 membros titulares e 7 suplentes.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
