A OMS ressaltou que, apesar de taxas de subnutrição terem diminuído, ela ainda é um desafio em várias regiões do mundo, especialmente no sudeste asiático e na África Subsaariana. A subnutrição pode se manifestar de diversas formas, como atrofia, atraso no crescimento e baixo peso, e é responsável por metade das mortes de crianças menores de 5 anos. Por outro lado, a obesidade está associada a doenças não transmissíveis como doenças cardiovasculares, diabetes e câncer.
A OMS enfatizou a importância de prevenir e controlar a obesidade desde cedo, ao longo da vida, por meio de uma dieta saudável, atividade física e cuidados adequados. O Plano de Aceleração da OMS, adotado pelos Estados-membros na Assembleia Mundial da Saúde em 2022, tem como objetivo conter a obesidade até 2030. Atualmente, 31 governos estão liderando iniciativas para combater a epidemia de obesidade por meio da implementação do plano.
Para alcançar esse objetivo, a OMS propõe diversas estratégias, como apoiar práticas saudáveis desde o nascimento, regulamentar a publicidade de alimentos e bebidas para crianças, políticas de alimentação e nutrição escolar, além de campanhas de educação e conscientização sobre dietas saudáveis e exercício físico. Também são defendidas políticas fiscais e de preços para promover dietas saudáveis, a rotulagem nutricional, a promoção da atividade física nas escolas e a integração dos serviços de prevenção e gestão da obesidade nos cuidados de saúde primários.
A obesidade é considerada uma doença crônica complexa, com causas bem compreendidas e intervenções eficazes já conhecidas. Entretanto, ainda falta implementar as medidas necessárias para conter essa crise de saúde pública. É fundamental que governos, instituições e a sociedade como um todo se unam para combater o avanço da obesidade e promover hábitos de vida mais saudáveis para as gerações presentes e futuras.