O renomado geólogo Thales Sampaio, servidor aposentado da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, hoje conhecida como Serviço Geológico do Brasil (SGB), prestou um depoimento contundente perante a CPI da Braskem. Em suas declarações, Sampaio afirmou que a petroquímica agiu com negligência e imprudência durante a exploração de sal-gema em Maceió.
Segundo o geólogo, a empresa tentou se eximir de responsabilidades diante do afundamento de diversos bairros, desconsiderando laudos técnicos que atestavam a inexistência de problemas prévios de solo, inundação, dissolução de rochas, falhas ou fraturas nas estruturas dos edifícios afetados.
Thales Sampaio argumentou que a retirada de 750 mil caminhões de sal-gema foi o principal fator causador das rachaduras que assolaram a região. Suas declarações chamaram a atenção do senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), que destacou a conscientização da Braskem sobre os riscos associados à “exploração predatória” realizada em Maceió.
O senador reforçou o compromisso da CPI em buscar evidências que comprovem a responsabilidade da empresa nos danos provocados, reiterando a importância de se esclarecer a verdadeira autoria por trás desses impactos ambientais e socioeconômicos.
