Produção industrial no Brasil tem maior queda desde 2021, com recuo de 1,6% em janeiro de 2024, segundo IBGE.

No último levantamento da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (6), foi constatado um recuo de 1,6% na produção da indústria brasileira em janeiro de 2024 em comparação com o mês anterior. Este resultado representa a maior queda desde abril de 2021, quando houve uma regressão de 1,9%.

Apesar do declínio em janeiro, o desempenho ainda mantém uma tendência positiva em relação ao mesmo mês do ano passado, com um aumento de 3,6%. Isso significa que a indústria brasileira fechou o primeiro mês de 2024 com a sexta alta consecutiva em comparação com o mesmo período do ano anterior. No acumulado de 12 meses, foi registrado um crescimento de 0,4%.

Os números revelam que, mesmo com a queda em janeiro, a indústria brasileira ainda está 0,8% abaixo do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 17,5% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

No que diz respeito às influências dessa queda, o gerente da pesquisa, André Macedo, destacou que houve um perfil disseminado de taxas positivas, atingindo 18 dos 25 ramos industriais pesquisados. As principais atividades que tiveram impacto negativo foram as indústrias extrativas e de produtos alimentícios, que apresentaram quedas de 6,3% e 5%, respectivamente.

Macedo explicou que a indústria extrativa foi afetada pela menor extração de petróleo e minério de ferro, interrompendo dois meses consecutivos de crescimento na produção. Já a redução na fabricação de açúcar foi a principal influência negativa no setor de produtos alimentícios. Outras atividades que registraram contribuições negativas foram a confecção de artigos do vestuário e acessórios, e de produtos têxteis.

Por outro lado, houve um aumento na produção de produtos químicos, equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, veículos automotores, reboques e carrocerias, e máquinas e equipamentos, que foram os principais responsáveis pelos impactos positivos em janeiro de 2024.

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