MPF pede prisão de policiais envolvidos na morte de estudante de enfermagem em tiroteio na Rodovia Washington Luiz, no Rio de Janeiro.

O Ministério Público Federal (MPF) fez uma denúncia que resultou no pedido de prisão preventiva de quatro policiais rodoviários federais envolvidos na morte da estudante de enfermagem Anne Caroline Nascimento Silva, de 23 anos, em junho do ano passado. A jovem foi vítima de sete tiros de fuzil enquanto estava no carro com seu marido, na Rodovia Washington Luiz, no Rio de Janeiro, e infelizmente não resistiu aos ferimentos.

Segundo a denúncia do MPF, os quatro policiais da PRF estão sendo acusados não só de homicídio qualificado, com uma pena que pode chegar a 30 anos de prisão, mas também de fraude processual, tentativa de homicídio e lesão corporal grave na modalidade culposa. Um dos tiros disparados atingiu outro veículo que transitava na mesma rodovia, ferindo a diarista Cláudia dos Santos.

De acordo com o Ministério Público, os policiais estavam de plantão na noite do crime e, sem dar tempo para ordem de parada ou qualquer abordagem adequada, dispararam oito tiros de fuzil contra o veículo em que Anne Caroline estava. A denúncia indicou que, apesar de apenas um dos agentes ter efetuado os disparos, todos os quatro devem responder pelo crime de homicídio, pois teriam instigado o autor dos tiros.

O procurador da República, Eduardo Benones, ressaltou a gravidade dos acontecimentos, afirmando que os policiais assumiram o risco de matar alguém ao disparar os tiros. A denúncia também apontou que os agentes não tomaram nenhuma providência para minimizar as consequências das lesões causadas à diarista Cláudia.

Além disso, o MPF destacou que os policiais violaram o dever funcional de isolar o local do crime e preservar os vestígios, o que configura fraude processual. Após os disparos, os policiais encaminharam Anne Caroline para o hospital, onde a jovem veio a falecer. O MPF pediu uma indenização para reparação dos danos morais e materiais causados aos familiares das vítimas.

A Agência Brasil não conseguiu contato com as defesas dos policiais denunciados. Este caso chocante demonstra a importância da atuação do MPF para garantir a justiça e a punição adequada para aqueles que abusam de seu poder e colocam em risco a vida de cidadãos inocentes.

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