Exposição “Palácio Monroe: Um Legado de Democracia” é inaugurada no Senado em comemoração aos 200 anos da instituição.

O Senado inaugurou nesta quarta-feira (20) a exposição Palácio Monroe: Um Legado de Democracia, como parte das comemorações dos seus 200 anos de existência. A exposição apresenta a história política e cultural do palácio que sediou o Senado durante 35 anos (1925-1960), no Rio de Janeiro. A mostra passa a compor o acervo permanente da Casa e ficará aberta à visitação em frente ao auditório Petrônio Portella. Lá, também está instalado o Plenarinho, mobiliário que compunha a sala das sessões no Palácio Monroe, reinaugurado depois de passar por uma restauração.

A abertura contou com a presença do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e do presidente da comissão curadora dos 200 anos e primeiro-secretário do Senado, senador Rogério Carvalho (PT-SE), além do secretário-geral da Mesa, Gustavo Saboia, da diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, entre outras autoridades.

Resgate histórico

O Palácio Monroe foi inicialmente construído como o Pavilhão do Brasil para a Exposição Universal de 1904 nos Estados Unidos, sendo premiado na Feira Internacional de Saint Louis no mesmo ano. Posteriormente foi desmontado e trazido para o Brasil, sendo remontado no Rio de Janeiro. Já como sede do Senado, testemunhou eventos políticos cruciais da história e contribuiu para o desenvolvimento da democracia no Brasil. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, frisou a importância de se preservar a memória da instituição.

— Resgatar a história desta grande edificação é oferecer à população brasileira uma oportunidade única de reconhecer sua própria trajetória — exaltou Pacheco.

História do Monroe

Durante o tempo em que ocupou o Palácio Monroe, o Senado aprovou legislação importante, destacando-se a que garantiu o voto feminino, as primeiras leis de proteção à criança e ao adolescente, além das leis trabalhistas. Essas discussões aconteceram no conjunto mobiliário agora exposto em Brasília.

Em 1976, no governo de Ernesto Geisel, o Monroe foi demolido e parte do mobiliário foi enviado para Brasília e passou a integrar o patrimônio do Senado. Esta trajetória é retratada no documentário Crônica da Demolição, do cineasta Eduardo Ades.

Mateus Menezes, museólogo e curador da exposição, explica que foi possível recriar fielmente o conjunto de mobiliário histórico, hoje conhecido como Plenarinho. Ele destaca o trabalho de restauração das peças, que, agora, contam com recursos inovadores, elementos sonoros, imagens, documentos e publicações.

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