Segundo o governo venezuelano, o comunicado brasileiro parece ter sido influenciado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, o que gerou descontentamento por parte das autoridades venezuelanas. O governo da Venezuela reforçou que tem mantido uma postura de respeito aos princípios diplomáticos e de amizade com o Brasil, sem emitir juízos de valor sobre processos políticos e judiciais de outros países.
A resposta venezuelana inclui críticas à postura brasileira e reafirma o compromisso do governo venezuelano com a não ingerência nos assuntos internos de outros países, exigindo respeito à democracia venezuelana. Além disso, questiona a origem das informações e alega que o Brasil teria emitido comentários sem embasamento adequado sobre a situação política da Venezuela.
Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou que acompanha com expectativa e preocupação o processo eleitoral na Venezuela, buscando cooperação com outros países para garantir a normalização da vida política e o fortalecimento da democracia no país vizinho. O governo brasileiro expressou repúdio a sanções que considera ilegais e destaca a importância de evitar medidas que possam isolar ainda mais a Venezuela e aumentar o sofrimento de seu povo.
As eleições presidenciais venezuelanas estão marcadas para 28 de julho e, apesar do prazo de registro de candidaturas ter encerrado, a oposição ao presidente Nicolás Maduro denunciou que não conseguiu registrar a candidatura de Corina Yoris, sem que houvesse uma explicação oficial para o impedimento. O Brasil reforçou a importância do diálogo e do respeito aos direitos políticos na Venezuela, expressando preocupação com as denúncias de possíveis irregularidades no processo eleitoral.