Entre os temas mais recorrentes das notícias falsas que foram acreditadas pela população, destacam-se a venda de produtos (64%), propostas em campanhas eleitorais (63%), políticas públicas como vacinação (62%) e escândalos envolvendo políticos (62%). Além disso, 57% dos entrevistados admitiram ter acreditado em conteúdos mentirosos sobre economia e 51% em notícias falsas relacionadas à segurança pública e ao sistema penitenciário.
Segundo a pesquisa, realizada com 1.032 pessoas maiores de 18 anos entre os dias 15 e 20 de fevereiro, 65% dos entrevistados acreditam que as fake news são disseminadas com o auxílio de robôs e inteligência artificial. A maioria também reconhece que existem grupos e pessoas remuneradas para produzir e espalhar notícias falsas.
Um dos principais riscos apontados pela população em relação à desinformação é a eleição de maus políticos, citado por 26% dos entrevistados. Além disso, a reputação de pessoas (22%), o medo em relação à segurança (16%) e os cuidados com a saúde (12%) também foram considerados fatores de risco.
Em relação aos sentimentos provocados por terem acreditado em notícias falsas, 35% das pessoas afirmaram se sentirem ingênuas, 31% ficam com raiva e 22% relataram sentir vergonha. Cerca de 24% da população admitiu já ter sido acusada de espalhar informações falsas por pessoas com visões divergentes.
O presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, ressaltou a importância de medidas educativas para combater a disseminação de fake news. Ele destacou a necessidade de promover a educação midiática e verificar rigorosamente as fontes de informação, visando fornecer à população informações precisas e confiáveis.
Portanto, fica evidente a relevância de ações que visem combater a propagação de notícias falsas e promover a educação midiática entre os cidadãos. A conscientização e a verificação das fontes de informação são fundamentais para garantir uma comunicação mais robusta e confiável em nosso país.
